PL ataca Zambelli: cavou sepultura ao fugir

Valdemar Costa Neto desautoriza deputada licenciada e critica estratégia da fuga para evitar prisão no Brasil


Resumo
  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL, afirmou que Carla Zambelli “cavou a própria sepultura” ao fugir para a Itália
  • A deputada foi condenada a 10 anos de prisão por participação no esquema de invasão ao sistema do CNJ
  • Zambelli deixou o Brasil em junho alegando tratamento médico, mas foi presa na Itália em julho
  • O presidente do PL criticou duramente a estratégia da deputada, considerando suas declarações um “desastre”
  • A condenação inclui multa de R$ 2 milhões, perda do mandato e inelegibilidade por oito anos
  • Walter Delgatti Neto, hacker envolvido no esquema, foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão
  • Valdemar avalia que Zambelli dificilmente conseguirá manter o mandato na Câmara dos Deputados

Numa virada que expõe as rachaduras internas da direita brasileira, o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disparou contra uma de suas principais estrelas eleitorais, a deputada federal licenciada Carla Zambelli. O dirigente não poupou palavras ao afirmar que a parlamentar “cavou a própria sepultura” ao buscar refúgio na Itália para escapar da condenação de 10 anos de prisão imposta pelo Supremo Tribunal Federal.

A dureza das declarações de Valdemar revela o tamanho do constrangimento que a fuga de Zambelli causou ao partido que elegeu a maior bancada da Câmara dos Deputados. “Fico triste de ver a Carla, que é uma mulher honesta com o negócio de dinheiro, e ela ter cavado uma sepultura dessa pra ela. Não esperei que ela fosse conseguir fazer isso, foi muito triste pra nós”, declarou o dirigente partidário. A crítica não se limitou ao aspecto político, mas atacou frontalmente a estratégia jurídica adotada pela deputada, que deixou o país em junho alegando necessidade de tratamento médico, mas acabou detida pela polícia italiana em julho após ser incluída na lista vermelha da Interpol.

Para Valdemar, as declarações públicas que Zambelli fez ao anunciar sua fuga foram um “desastre” completo. O presidente do PL criticou duramente a decisão de seguir para a Europa, argumentando que ela deveria ter permanecido nos Estados Unidos, onde inicialmente alegou estar buscando tratamento médico. “Ela errou, porque ela faz as coisas, coitada, pela cabeça dela. Ela devia ter ficado nos Estados Unidos, e ir para Itália por ter passaporte italiano não é salvo conduto”, disparou Valdemar. A crítica sugere que, na visão da cúpula do PL, Zambelli tomou decisões unilaterais sem consultar a direção partidária, um comportamento que agora se volta contra ela de forma devastadora.

A queda de uma estrela eleitoral

Carla Zambelli construiu sua carreira política como uma das vozes mais estridentes do bolsonarismo, conquistando mais de 946 mil votos na reeleição de 2022 e se tornando uma das deputadas mais votadas de São Paulo. Agora, enfrenta não apenas a condenação por participação no esquema de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas também o abandono público de seu próprio partido. A condenação, aplicada por unanimidade pela Primeira Turma do STF, inclui 10 anos de prisão em regime inicial fechado, multa de R$ 2 milhões por danos materiais e morais, além da perda do mandato e inelegibilidade por oito anos.

O hacker e o esquema revelado

O caso que levou à condenação de Zambelli envolve sua participação no esquema que resultou na invasão do sistema do CNJ, executada com a ajuda do hacker Walter Delgatti Neto. O criminoso virtual foi condenado a oito anos e três meses de prisão, também em regime fechado, e deverá pagar a multa solidariamente com a parlamentar. O esquema foi classificado pelo relator Alexandre de Moraes como uma grave ameaça à segurança institucional, demonstrando o alcance das tentativas de desestabilização das instituições democráticas durante o período em que Jair Bolsonaro ocupava a Presidência.

A estratégia que deu errado

Zambelli chegou a declarar publicamente que era “intocável” na Itália, afirmando: “Podem colocar a Interpol atrás de mim, mas não me tiram daqui”. A confiança na dupla cidadania italiana como escudo se mostrou completamente equivocada quando ela foi detida pela polícia italiana em uma ação conjunta envolvendo Polícia Federal, Interpol e agências italianas. Em vídeo divulgado após sua prisão, a deputada manteve o discurso de perseguição política, mas admitiu implicitamente o fracasso de sua estratégia ao declarar: “Se eu tiver que cumprir pena, vai ser aqui na Itália, que é um país justo e democrático”.

O isolamento político completo

As declarações de Valdemar Costa Neto sinalizam que Carla Zambelli perdeu até mesmo o apoio de sua própria legenda. O presidente do PL foi categórico ao avaliar que “dificilmente” a parlamentar conseguirá manter o mandato, uma avaliação que soa como uma sentença política definitiva. O isolamento da deputada fica ainda mais evidente quando Valdemar sugere que nem mesmo Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente e deputado federal por São Paulo, cogitou auxiliá-la durante sua estadia nos Estados Unidos. Essa informação revela que até os círculos mais próximos do bolsonarismo se afastaram de Zambelli quando sua situação jurídica se complicou.

Imagem de capa: oglobo.globo.com

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 8860

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