Ministro rompe com Tarcísio e confirma apoio a Lula

Silvio Costa Filho contraria cúpula do partido ao criticar anistia e confirmar apoio à reeleição do petista


Resumo
  • Ministro Silvio Costa Filho (Republicanos) declara apoio à reeleição de Lula em 2026, contrariando posição do partido
  • Ministro se posiciona contra anistia aos envolvidos em 8 de janeiro, projeto defendido por Tarcísio de Freitas
  • Declaração ocorre durante articulação de Tarcísio em Brasília pela aprovação da anistia no Congresso
  • PP e União Brasil anunciam desembarque do governo Lula, fortalecendo oposição para 2026
  • STF iniciou julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe, aumentando pressão por anistia
  • Rachadura no Republicanos expõe divisões internas sobre estratégia eleitoral para 2026

O mundo político brasileiro presenciou uma rachadura inesperada nesta sexta-feira (5), quando o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, filiado ao Republicanos, declarou publicamente que apoiará a reeleição de Lula em 2026. A declaração surpreende por contrariar frontalmente a posição da cúpula de seu próprio partido, que articula a candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, correligionário do ministro.

Em declarações à CNN Brasil e à GloboNews, Costa Filho foi categórico ao afirmar sua posição: “Na possível disputa do governador Tarcísio com o presidente Lula, o partido sabe que nós estaremos ao lado do presidente Lula”. O ministro ainda justificou sua escolha com argumentos de gratidão política: “Eu aprendi na vida a ser grato e entendo que, neste momento, (o presidente Lula) é a melhor opção do povo brasileiro”.

A declaração ganha contornos ainda mais dramáticos quando Costa Filho se posiciona contra a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, projeto que vem sendo capitaneado justamente por Tarcísio de Freitas. Enquanto o governador paulista passou dias em Brasília articulando apoio parlamentar para a proposta, seu correligionário no governo federal caminha na direção oposta, alinhando-se com a posição oficial de Lula contra qualquer tipo de perdão aos golpistas.

Contexto político e histórico

O atual cenário político brasileiro se encontra numa encruzilhada decisiva para as eleições de 2026. A movimentação de Tarcísio de Freitas pelo projeto de anistia não representa apenas uma bandeira política, mas uma estratégia eleitoral calculada para conquistar o apoio do bolsonarismo e se posicionar como o candidato de centro-direita com melhor chance de derrotar Lula.

O Partido Republicanos, fundado em 2003 como PRB (Partido Republicano Brasileiro), mudou de nome em 2019 e hoje abriga figuras políticas importantes como Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, e Tarcísio de Freitas. A articulação da anistia visa perdoar os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

A estratégia eleitoral vê a anistia como moeda de troca para que Jair Bolsonaro, hoje inelegível até 2030, endosse a candidatura de Tarcísio em 2026. O Centrão em movimento também se faz presente, com PP e União Brasil anunciando o desembarque do governo Lula, fortalecendo a articulação de centro-direita em torno do nome de Tarcísio.

Desembarque do Centrão

A declaração de Costa Filho ocorre em meio ao desembarque estratégico de partidos do Centrão do governo Lula. A federação União Progressista, formada por União Brasil e PP, anunciou que seus filiados devem deixar cargos no Executivo federal em até 30 dias, sob risco de expulsão partidária.

A federação União Progressista conta com 109 deputados federais, representando uma das maiores bancadas do Congresso Nacional. Ministros como Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esporte) devem deixar seus cargos seguindo orientação partidária.

O desembarque enfraquece a base de sustentação de Lula no Congresso, dificultando aprovações de projetos do governo. Os partidos que deixam o governo prometem apoiar a votação do projeto de anistia, aumentando as chances de aprovação no plenário.

O julgamento de Bolsonaro

A movimentação política pela anistia ganha urgência com o andamento do julgamento de Jair Bolsonaro no STF. A Primeira Turma iniciou na terça-feira (2) a apreciação da ação penal que pode condenar o ex-presidente por tentativa de golpe de Estado.

Oito pessoas estão sendo julgadas, incluindo Bolsonaro e ex-ministros de seu governo, acusadas de tramar contra a democracia. Os interrogatórios realizados até agora confirmaram provas coletadas pela Polícia Federal e depoimentos do delator Mauro Cid.

O timing político da articulação da anistia busca antecipar-se a uma possível condenação definitiva, que poderia agravar ainda mais a situação jurídica dos envolvidos. Líderes da oposição apostam em mais de 300 votos favoráveis à anistia na Câmara dos Deputados.

Rachadura no Republicanos

A posição de Silvio Costa Filho expõe uma fissura significativa dentro do Republicanos, partido que se encontra dividido entre apoiar seu governador mais proeminente ou manter alinhamento com o governo federal que lhe garante espaço institucional.

Como ministro de Portos e Aeroportos, Costa Filho controla pasta importante para o desenvolvimento econômico e logístico do país. O ministro possui base eleitoral sólida em Pernambuco, podendo influenciar posicionamentos no Nordeste, região historicamente favorável ao PT.

A declaração pode inspirar outros filiados do Republicanos em cargos federais a seguirem caminho semelhante. A cúpula partidária agora precisa decidir entre disciplinar o ministro ou aceitar a divisão interna como realidade política.

Imagem de capa: folhape.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 8720

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