CPI do INSS Aciona Polícia para Intimar Careca

Comissão aciona força policial para garantir depoimento de principal operador das fraudes e investiga sindicato ligado a Frei Chico em setembro de 2025


Resumo
  • CPMI do INSS acionou Polícia Legislativa para intimar “Careca do INSS” após ele e sua defesa ignorarem contatos da comissão
  • Antônio Carlos Camilo Antunes movimentou R$ 53 milhões incompatíveis com renda declarada de R$ 24 mil mensais
  • Parte dos recursos desviados foi usada para comprar Porsche de R$ 500 mil para esposa de procurador do INSS
  • CPI aprovou requerimentos para investigar Sindnapi, sindicato onde Frei Chico (irmão de Lula) é vice-presidente
  • Investigação busca identificar pessoas com procuração do sindicato entre 2015 e 2023 e contas bancárias utilizadas
  • Comissão quer mapear visitas do “Careca do INSS” ao Congresso Nacional entre 2019 e 2025
  • Depoimentos agendados: “Careca do INSS” em 11 de setembro e Maurício Camisotti em 18 de setembro
  • CPMI já registrou 1.578 requerimentos, superando CPI da Pandemia em número de solicitações

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS escalou mais um degrau na intensidade de suas investigações sobre as fraudes bilionárias que atingiram milhões de aposentados e pensionistas brasileiros. Em sessão realizada nesta quinta-feira, 4 de setembro, os parlamentares determinaram que a Polícia Legislativa intime formalmente Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, após sucessivas tentativas frustradas de localizá-lo.

A medida drástica se tornou necessária depois que nem o empresário nem sua defesa responderam aos contatos da comissão, evidenciando uma clara estratégia de esquiva por parte do principal operador do esquema fraudulento. Simultaneamente, a CPI aprovou requerimentos que miram diretamente o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), entidade na qual José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico e irmão do presidente Lula, ocupa a vice-presidência.

Operação de Cerco ao Principal Operador

O “Careca do INSS” se transformou em alvo prioritário da investigação após a Polícia Federal identificá-lo como peça-chave na engrenagem que desviou milhões de reais dos benefícios de idosos vulneráveis. Segundo os investigadores, Antunes movimentou impressionantes R$ 53 milhões provenientes de entidades sindicais e empresas privadas, quantia absolutamente incompatível com sua renda declarada de apenas R$ 24 mil mensais.

A desproporcionalidade financeira se torna ainda mais chocante quando se analisa o destino desses recursos. Parte substancial do dinheiro desviado foi destinada à compra de presentes extravagantes, incluindo um Porsche avaliado em R$ 500 mil que foi presenteado à esposa de um procurador do INSS, evidenciando a rede de corrupção que se estabeleceu no órgão responsável pela previdência social.

O depoimento de Antunes foi agendado para 11 de setembro, data em que a comissão espera finalmente obter respostas sobre os mecanismos utilizados para drenar os recursos previdenciários. A CPI também aprovou uma série de requerimentos que visam mapear completamente as atividades do empresário, incluindo informações sobre viagens internacionais nos últimos cinco anos, veículos apreendidos, registros de entrada e saída do Brasil e, de forma particularmente reveladora, acessos ao Senado e à Câmara dos Deputados entre 2019 e 2025.

Investigação Avança Sobre Sindicato do Irmão de Lula

Paralelamente à caçada ao “Careca do INSS”, a comissão direcionou seus holofotes para o Sindnapi, aprovando dois requerimentos estratégicos apresentados pela deputada Adriana Ventura (Novo-SP). O primeiro solicita informações detalhadas sobre pessoas que, mediante procuração, adquiriram poderes para atuar em nome do sindicato entre 2015 e 2023.

Integrantes da CPI são explícitos ao afirmar que este requerimento pode servir para “encontrar digitais do irmão de Lula no esquema fraudulento” de descontos associativos aplicados ilegalmente nas aposentadorias. O segundo requerimento exige do INSS a identificação completa dos números de contas bancárias informadas pelo Sindnapi para recebimento de recursos do Fundo do Regime Geral da Previdência Social no período compreendido entre 2015 e 2025.

A justificativa técnica apresentada pela deputada Ventura é contundente: “Há fortes indícios de que, assim como em outras entidades sindicais do mesmo setor, o Sindnapi tenha utilizado acordos de cooperação técnica e convênios com o INSS para operacionalizar filiações em massa e arrecadar valores diretamente das aposentadorias, sem consentimento informado de grande parte dos filiados”.

Rede de Conexões no Poder

O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), foi categórico ao estabelecer os critérios para eventual convocação de Frei Chico: “Se o nome dele [irmão de Lula] for citado em alguma investigação, em alguma quebra de sigilo, pode ter certeza que vamos chamar”. Esta declaração sinaliza que a CPI não fará distinções hierárquicas ou familiares em suas apurações.

A investigação sobre as visitas do “Careca do INSS” ao Congresso Nacional revela uma dimensão particularmente preocupante do esquema. A comissão quer saber exatamente quantas vezes Antunes esteve na Câmara e no Senado e, mais importante ainda, quais gabinetes ou dependências específicas ele visitou durante o período de 2019 a 2025. Esta linha de investigação sugere que o empresário mantinha contatos regulares com autoridades legislativas, possivelmente para facilitar ou proteger suas operações fraudulentas.

O próprio presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), foi procurado por Viana para discutir o sigilo de 100 anos imposto sobre a lista de gabinetes visitados pelo investigado. Alcolumbre solicitou à Advocacia do Senado um parecer sobre a possibilidade de fornecer dados sobre acessos gerais, preservando informações sobre senadores procurados individualmente.

Contexto e Ramificações

A CPMI do INSS já demonstra uma voracidade investigativa impressionante, tendo registrado 1.578 requerimentos em poucos dias de funcionamento, superando inclusive os 1.577 requerimentos da famosa CPI da Pandemia. Este volume de solicitações evidencia a complexidade e amplitude do esquema fraudulento que vitimou milhões de brasileiros.

A comissão também aprovou na última segunda-feira um pedido de prisão preventiva contra o “Careca do INSS” e outros 20 investigados, incluindo o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, que chefiava o órgão quando as fraudes foram descobertas. O requerimento foi enviado ao ministro do STF André Mendonça, relator do caso na Suprema Corte.

O empresário Maurício Camisotti, do Total Health Group (THG), investigado pelo papel de suas empresas no esquema fraudulento, também confirmou presença para depor em 18 de setembro. Sua participação é considerada crucial, já que sua empresa seria uma das principais operadoras do esquema de descontos ilegais.

A diretora de Auditoria de Previdência da Controladoria-Geral da União (CGU), Eliane Viegas Mota, prestou depoimento à comissão, revelando que tomou conhecimento dos descontos irregulares ainda em 2019, quando o problema envolvia apenas quatro associações. Segundo ela, após recomendação do Ministério Público, os contratos foram suspensos.

Imagem de capa: poder360.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 8577

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