Defesas do ex-presidente e generais questionam provas de trama golpista no segundo dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal
Resumo
- Segundo dia do julgamento de Bolsonaro no STF teve defesas do ex-presidente e três generais questionando provas da trama golpista
- Advogados de Bolsonaro alegaram inexistência de provas contra o ex-presidente e questionaram credibilidade da delação de Mauro Cid
- Transmissão ao vivo disponível em múltiplos canais: UOL, TV Justiça, CNN Brasil, BBC News Brasil e canais do STF no YouTube
- Cronograma prevê continuidade nos dias 9, 10 e 12 de setembro, com voto do relator Alexandre de Moraes e demais ministros
- São necessários três votos dos cinco ministros da Primeira Turma para definir condenação ou absolvição dos oito réus
- Defesa do general Augusto Heleno alegou afastamento da cúpula decisória durante segunda metade do governo Bolsonaro
- Julgamento ocorre em contexto de crise política nacional e instabilidade na relação entre governo Lula e Congresso
A segunda jornada do julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete aliados no Supremo Tribunal Federal apresentou um cenário revelador das estratégias de defesa contra as acusações de tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente e seus advogados utilizaram a tribuna para questionar frontalmente as provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República, focando principalmente na desqualificação da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens presidencial.
Durante sessão que se estendeu por quase quatro horas na manhã desta quarta-feira, as defesas dos quatro últimos réus do processo – incluindo o próprio Bolsonaro – apresentaram seus argumentos finais antes que o relator Alexandre de Moraes inicie sua exposição na próxima semana. A estratégia coordenada das defesas demonstrou clara tentativa de deslegitimar não apenas as evidências coletadas pela Polícia Federal, mas também o próprio processo conduzido pelo ministro do STF.
O advogado Celso Vilardi, representando Bolsonaro, argumentou enfaticamente que não existem provas que conectem o ex-presidente aos atos golpistas, aos ataques de 8 de janeiro ou ao plano de assassinar autoridades do Judiciário e Executivo. A defesa sustentou que Bolsonaro foi “dragado para esses fatos”, numa clara tentativa de afastar qualquer responsabilidade direta do ex-mandatário na suposta organização criminosa. Simultaneamente, os advogados atacaram a credibilidade de Mauro Cid, alegando que o delator “mentiu” e “não é confiável”, questionando também as supostas violações do acordo de colaboração premiada.
Cronograma e transmissão do julgamento
A Primeira Turma do STF estabeleceu um cronograma detalhado para as sessões extraordinárias que se estendem até 12 de setembro. As datas confirmadas incluem os dias 9 e 10 de setembro (terça e quarta-feira) às 9h, com sessões adicionais às 14h na terça, culminando no dia 12 de setembro (sexta-feira) com sessões manhã e tarde para definição das sentenças. A transmissão ao vivo está disponível através de múltiplos canais, incluindo UOL (Canal UOL na TV e YouTube), TV Justiça, canais do STF no YouTube, CNN Brasil e BBC News Brasil, garantindo ampla cobertura jornalística do processo.
Estratégias das defesas dos generais
O general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, teve sua defesa conduzida pelo advogado Matheus Milanez, que adotou linha argumentativa focada no suposto afastamento do militar da “cúpula decisória” durante a segunda metade do governo Bolsonaro. Esta estratégia buscou desconectar Heleno das decisões centrais que teriam culminado na trama golpista, questionando simultaneamente a metodologia investigativa de Alexandre de Moraes. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, também tiveram suas defesas apresentadas seguindo linha similar de questionamento das provas e negação de participação ativa nos alegados crimes contra o Estado democrático de direito.
Contexto político e implicações jurídicas
O julgamento ocorre em momento crítico da política brasileira, quando a direita nacional ainda permanece sob influência direta de Bolsonaro, mesmo com sua inelegibilidade e situação judicial complexa. O ex-presidente mantém controle sobre aliados e eleitores, condicionando apoios futuros à submissão completa às suas demandas, incluindo a questão do indulto presidencial. Esta dinâmica política se reflete diretamente no julgamento, onde as defesas buscam não apenas a absolvição jurídica, mas também a preservação da narrativa política que sustenta o projeto de poder bolsonarista. A condução do processo pelo STF, especialmente por Alexandre de Moraes, representa teste definitivo da capacidade das instituições democráticas brasileiras de responder adequadamente às tentativas de ruptura constitucional.
Próximos passos e expectativas
As sessões da próxima semana definirão o destino judicial de Bolsonaro e seus aliados, com Alexandre de Moraes apresentando seu relatório e voto na terça-feira, seguido pelos demais ministros da Primeira Turma – Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. São necessários três votos para definir condenação ou absolvição, além das respectivas penas para cada réu. O processo judicial coincide com momento de instabilidade política nacional, onde governo Lula enfrenta crescente oposição do Congresso e crise de governabilidade que impacta diretamente nas perspectivas eleitorais de 2026. A eventual condenação de Bolsonaro pode alterar significativamente o cenário político da direita brasileira, forçando redefinição de lideranças e estratégias para as próximas eleições presidenciais.
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 8397