Ex-presidente ausenta-se das sessões do STF enquanto defesas contestam provas da trama golpista e sofre problemas de saúde segundo círculo próximo
Resumo
- Bolsonaro enfrenta sérias crises de saúde com episódios de soluços, náuseas e vômitos durante o julgamento no STF
- Ex-presidente acompanha as sessões em prisão domiciliar devido ao seu estado de saúde debilitado
- Defesas negam todas as acusações e questionam a validade da delação premiada de Mauro Cid
- Advogados afirmam que não existem provas ligando Bolsonaro aos planos golpistas ou aos atos do 8 de janeiro
- Julgamento será retomado em 9 de setembro com o voto do relator Alexandre de Moraes
- Condenação pode resultar em pena superior a 40 anos de prisão para o ex-presidente
- Movimentação política trabalha pela aprovação de anistia aos envolvidos na trama golpista
- Governador Tarcísio de Freitas promete anistia como primeiro ato caso seja eleito presidente
O primeiro dia do julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal marcou uma reviravolta para Jair Bolsonaro. Segundo aliados próximos, o ex-presidente tem enfrentado sérias crises de saúde desde o início das sessões que decidirão seu destino judicial. Fontes do entorno de Bolsonaro relataram episódios frequentes de soluços que evoluem para náuseas e vômitos, obrigando-o a permanecer em casa durante as audiências cruciais de setembro.
A primeira sessão de julgamento, realizada na terça-feira (2), teve início com a apresentação do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, seguida das alegações da Procuradoria-Geral da República por Paulo Gonet. O núcleo crucial da trama golpista é composto por oito réus, incluindo o ex-presidente, ex-ministros e generais das Forças Armadas, todos acusados de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Na quarta-feira (3), as defesas de Bolsonaro e outros três militares apresentaram suas sustentações orais, negando qualquer participação nos atos considerados antidemocráticos.
Os advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno, que representam Bolsonaro, afirmaram categoricamente que “não há uma única prova” ligando o ex-presidente aos eventos do 8 de janeiro ou aos planos golpistas investigados pela Polícia Federal. Segundo a defesa, Bolsonaro foi “dragado para esses fatos” e não teve participação ativa na organização criminosa. A estratégia defensiva também questionou intensamente a validade da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, alegando que o colaborador “mentiu” e “não é confiável”.
Estado de saúde preocupa aliados de Bolsonaro
A ausência de Bolsonaro nas sessões do STF não passou despercebida. Conforme informações divulgadas, o ex-presidente tem enfrentado crises recorrentes de soluços que se transformam em episódios de náuseas e vômito. Essa condição de saúde foi apontada por seus advogados como um dos motivos para ele não comparecer presencialmente ao primeiro dia de julgamento, acompanhando os procedimentos da prisão domiciliar em sua residência. Os sintomas têm se intensificado desde o início do processo judicial, segundo pessoas próximas ao ex-mandatário.
Defesas negam participação em atos golpistas
As sustentações orais das defesas se concentraram em desqualificar as provas apresentadas pela acusação e questionar a credibilidade das principais evidências do processo. O advogado Celso Vilardi enfatizou que não existem elementos que conectem Bolsonaro diretamente à Operação Punhal Verde e Amarelo, à Operação Luneta ou aos ataques às sedes dos Três Poderes. A defesa argumentou ainda que todas as medidas discutidas pelo núcleo investigado estavam previstas constitucionalmente, negando a caracterização de tentativa de golpe. Para os advogados do general Walter Braga Netto, a delação de Mauro Cid representa uma “narrativa mentirosa” que não pode sustentar uma condenação.
Cronograma e próximas etapas do julgamento
O julgamento será retomado na próxima terça-feira (9), às 9h, com o voto do relator Alexandre de Moraes. A Primeira Turma do STF programou cinco sessões extraordinárias para concluir a análise do caso, marcadas para os dias 9, 10 e 12 de setembro, com horários matutinos e vespertinos. A fase de votação, que determinará a condenação ou absolvição dos réus, deve começar apenas após todas as manifestações das defesas. Caso seja condenado pelos cinco crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República, Bolsonaro pode enfrentar uma pena superior a 40 anos de prisão.
Principais operações investigadas pela Polícia Federal
- Operação Punhal Verde e Amarelo: Plano militar para assassinar autoridades, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes
- Operação Luneta: Esquema de monitoramento ilegal de autoridades do STF e outros alvos políticos
- 8 de Janeiro de 2023: Invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília por manifestantes bolsonaristas
- Núcleo militar: Participação de generais das Forças Armadas na articulação dos planos golpistas
- Delação de Mauro Cid: Ex-ajudante de ordens forneceu informações detalhadas sobre reuniões e conversas do círculo próximo a Bolsonaro
Principais envolvidos no processo
- Alexandre de Moraes: Ministro relator do processo e principal alvo das críticas do governo Bolsonaro
- Paulo Gonet: Procurador-geral da República responsável pela acusação contra os oito réus
- Mauro Cid: Tenente-coronel que firmou delação premiada detalhando a participação do núcleo golpista
- Walter Braga Netto: Ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022
- Augusto Heleno: General ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
- Paulo Sérgio Nogueira: Ex-ministro da Defesa durante o período investigado
Movimentação política pela anistia
Paralelamente ao julgamento, ganhou força nos bastidores políticos a articulação por uma possível anistia aos envolvidos nos eventos antidemocráticos. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, mencionou que seu “primeiro ato” como eventual presidente seria conceder anistia a Bolsonaro. Parlamentares do Centrão também trabalham pela aprovação de projeto de lei que visa anistiar os participantes da tentativa de golpe, demonstrando que a questão transcende o âmbito judicial e ganha contornos eleitorais para 2026. A movimentação ocorre enquanto familiares e apoiadores de Bolsonaro pressionam o Congresso Nacional pela votação da proposta.
Impactos na conjuntura política nacional
O julgamento ocorre em momento de intensa polarização política no país, com reflexos diretos na dinâmica eleitoral de 2026. A possível condenação de Bolsonaro pode reconfigurar o cenário da direita brasileira, que já demonstra sinais de busca por alternativas políticas. O processo também reforça o protagonismo do STF nas decisões políticas nacionais, tema que tem gerado debates sobre os limites de atuação do Poder Judiciário. As repercussões do julgamento se estendem às relações diplomáticas, especialmente com os Estados Unidos, onde o governo Trump tem criticado as ações do sistema judiciário brasileiro.
Imagem de capa: correio24horas.com.br
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.
Matéria de número 8283