Embate entre presidente americano e autoridades monetárias ganha novo patamar com processo judicial e tensões que mexem com o mundo inteiro
Resumo
- Donald Trump intensifica pressão sobre o Federal Reserve, gerando crise institucional sem precedentes na história americana
- Lisa Cook, diretora do Fed, processa Trump por tentativa de remoção, escalando tensão entre Casa Branca e banco central
- Fed mantém juros entre 4,25% e 4,5% apesar das pressões presidenciais, com primeira divisão significativa desde 1993
- Dólar americano perde 10% de valor em meio à instabilidade, afetando mercados globais e índice DXY
- Christine Lagarde alerta que controle de Trump sobre Fed seria “perigo muito grave” para economia mundial
- Especialistas temem que independência histórica do banco central americano esteja sob ameaça
- Mercados financeiros globais demonstram nervosismo com cada novo episódio do embate
- Inflação e política fiscal americana podem ser redirecionadas caso Trump consiga influenciar Fed
A batalha entre Donald Trump e o Federal Reserve (Fed) atingiu um novo patamar de tensão institucional após a diretora Lisa Cook processar o presidente por sua tentativa de removê-la do cargo no Conselho da instituição. O embate, que tem gerado preocupações crescentes no mercado financeiro global, coloca em xeque a independência histórica do banco central americano e provoca ondas de choque que alcançam mercados de todo o planeta.
A Fed manteve os juros inalterados entre 4,25% e 4,5% em sua última reunião, mesmo depois de várias pressões de Donald Trump para que haja corte nas taxas. A decisão desafiou abertamente o presidente, que tem classificado Jerome Powell, presidente da Fed, como “perdedor” ou “teimoso”. Pela primeira vez desde 1993, a votação mostrou divisão significativa, com dois governadores – Michelle Bowman e Christopher Waller – advogando por um alívio nos juros, resultando numa votação de 9-2.
Impactos globais da tensão institucional
A tensão entre Trump e o Fed tem provocado impactos diretos nos mercados globais, com reflexos particulares no índice DXY, que mede a força do dólar em relação a outras moedas. A cada novo movimento de Trump contra o Fed ou contra Cook, observa-se um enfraquecimento da moeda americana. Nos últimos meses, a moeda americana já perdeu cerca de 10% de seu valor, impactando diretamente o preço dos produtos importados.
Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, alertou que uma eventual tomada de controle da política monetária norte-americana por Trump seria “um perigo muito grave” para a economia mundial. “Se o fizesse, seria um perigo muito grave para a economia dos Estados Unidos e para a economia mundial”, declarou Lagarde, sublinhando que a política do Fed “tem obviamente um impacto nos EUA em termos de manutenção da estabilidade dos preços e de garantia de emprego”.
Estratégias e consequências econômicas
As projeções de inflação também podem ser afetadas, uma vez que existe a percepção de que um Fed com mais votos alinhados a Trump poderia adotar uma postura mais flexível em relação à inflação ao reduzir as taxas de juros. A desvalorização do dólar, curiosamente, alinha-se com os objetivos de Trump para a economia americana, beneficiando as exportações e tornando-as mais competitivas.
Além de atacar o Fed, Trump e aliados vêm sugerindo medidas para reduzir os custos da dívida pública, incluindo mudanças nas regras de capital dos bancos que aumentariam a demanda por Treasuries, exigência de que stablecoins sejam lastreadas em títulos do governo, e um projeto do senador republicano Ted Cruz para proibir o Fed de pagar juros sobre reservas bancárias.
Análise da crise institucional
Mais da metade dos gestores ouvidos em pesquisa do Bank of America disseram acreditar que o próximo presidente do Fed recorrerá a programas de compra de títulos, como quantitative easing ou controle da curva de juros, para reduzir os custos da dívida. A situação atual coloca em questão a reputação do Fed como uma instituição técnica e independente, conhecida historicamente por sua seriedade na busca por suas metas.
O confronto entre Trump e a instituição financeira sugere uma crise que pode se estender por um período significativo, afetando a confiança dos mercados na autonomia do banco central americano. A demissão de uma integrante da liderança do Fed pelo presidente seria uma ação sem precedentes nos EUA, e ocorre em um momento em que Trump vem pressionando o banco por um corte nas taxas de juros.
Federal Reserve (Fed): Banco central dos Estados Unidos, responsável pela política monetária americana e pela estabilização dos preços
Jerome Powell: Atual presidente do Fed, nomeado originalmente por Trump em 2018 mas que agora enfrenta pressões para sua demissão
Lisa Cook: Primeira mulher negra a integrar o conselho do Fed, processou Trump por tentativa de remoção do cargo
Taxa de Juros: Mantida entre 4,25% e 4,5%, ferramenta principal para controle da inflação e estímulo econômico
DXY: Índice que mede a força do dólar americano frente a outras moedas principais
Quantitative Easing: Programa de compra de títulos pelo banco central para injetar liquidez na economia
Christine Lagarde: Presidente do Banco Central Europeu, alertou sobre riscos globais da interferência de Trump no Fed
Dominância Fiscal: Conceito econômico onde a política fiscal passa a influenciar excessivamente a política monetária
Treasuries: Títulos da dívida pública americana, considerados investimento mais seguro do mundo
Inflação: Taxa anual de aumento de preços, que o Fed busca manter próxima de 2%
Imagem de capa: dunya.com
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 8180