Banco central americano desafia autoridade presidencial pela primeira vez na história e promete acatar qualquer determinação da Justiça sobre demissão controversa
Resumo
- Fed se pronuncia pela primeira vez contra decisão presidencial, garantindo cumprimento apenas de determinações judiciais sobre caso Lisa Cook
- Trump tenta demitir diretora do Fed por alegações não comprovadas de fraude hipotecária envolvendo dois imóveis
- Banco central reafirma independência institucional e mandatos fixos de 14 anos protegidos por lei federal
- Lisa Cook contesta demissão judicialmente e permanece no cargo até decisão da Justiça
- Caso testa limites do poder presidencial sobre instituições financeiras autônomas
- Paralelamente, Trump pressiona Tim Cook da Apple sobre produção de iPhones nos EUA
- CEO da Apple negocia acordo temporário com investimentos bilionários para evitar tarifas
A crise institucional entre a Casa Branca e o Federal Reserve (Fed) atingiu níveis inéditos nesta semana, quando o banco central americano se pronunciou oficialmente pela primeira vez contra uma decisão presidencial. O confronto surgiu após Donald Trump anunciar a demissão da diretora Lisa Cook, integrante do Conselho de Governadores da instituição, por alegações de fraude hipotecária que ainda não foram comprovadas judicialmente.
O Fed reagiu com firmeza à tentativa de demissão, reafirmando que Cook permanece no cargo até uma decisão judicial definitiva. Em nota oficial sem precedentes, a instituição destacou que seus diretores possuem mandatos fixos de 14 anos e só podem ser afastados pelo presidente por justa causa, conforme estabelece o Federal Reserve Act de 1913. A declaração do banco central foi categórica: como de costume, cumprirá qualquer decisão judicial.
A polêmica começou quando Trump publicou uma carta nas redes sociais anunciando a demissão imediata de Lisa Cook, citando supostas irregularidades em empréstimos hipotecários. Segundo as acusações, a economista teria declarado dois imóveis como residência principal para obter melhores condições de financiamento – uma casa em Ann Arbor, Michigan, e um apartamento em Atlanta. Cook negou veementemente as alegações, classificou a demissão como ilegal e garantiu que não renunciará ao cargo, que ocupa até 2038.
Contexto Histórico e Institucional
O Federal Reserve System foi criado em 1913 pelo Federal Reserve Act e opera com independência política para conduzir a política monetária. O Conselho de Governadores é composto por sete membros nomeados pelo presidente e confirmados pelo Senado, com mandatos de 14 anos.
Lisa Cook, economista formada pela Universidade de Michigan, tornou-se a primeira mulher negra a integrar o Conselho do Fed em 2022, nomeada pelo ex-presidente Joe Biden. Possui PhD em Economia pela Universidade da Califórnia em Berkeley e especializou-se em desenvolvimento econômico e inovação.
A legislação federal estabelece que presidentes não possuem autoridade direta para demitir membros do conselho do Fed sem comprovação de falta grave. O último caso similar ocorreu em 1935, quando o presidente Franklin Roosevelt enfrentou resistência do banco central durante a Grande Depressão.
O Fed foi estruturado para operar sem interferência política direta, garantindo decisões baseadas em dados econômicos e análises técnicas. Mandatos prolongados e proteções contra demissões arbitrárias são mecanismos fundamentais desta independência.
Tensões Entre Casa Branca e Fed
A manifestação do Fed ocorre em meio a crescentes tensões com a administração Trump, que tem intensificado críticas à instituição na tentativa de pressionar por reduções na taxa básica de juros. O presidente republicano historicamente demonstrou insatisfação com a autonomia do banco central, preferindo maior controle sobre as decisões monetárias.
O caso foi formalmente encaminhado ao Departamento de Justiça para investigação, enquanto Cook, através de seu advogado, prepara contestação judicial completa. A economista mantém que não há motivo legal para sua demissão e que Trump não tem autoridade para fazê-lo.
Analistas financeiros consideram o episódio como teste crucial para a independência institucional americana. O desfecho pode estabelecer precedentes sobre os limites do poder presidencial em relação às instituições financeiras autônomas, especialmente em contextos de polarização política.
Disputa Paralela com Tim Cook
Enquanto enfrenta resistência do Fed, Trump também protagoniza outra disputa corporativa com Tim Cook, CEO da Apple. O presidente exige que iPhones vendidos nos Estados Unidos sejam fabricados no território nacional, sob pena de tarifas de até 25%.
Cook conseguiu negociar um acordo temporário anunciando investimentos de US$ 100 bilhões adicionais nos EUA, totalizando US$ 600 bilhões em quatro anos. O CEO da Apple inclusive presenteou Trump com uma escultura de ouro personalizada durante visita à Casa Branca.
A tensão com a Apple ilustra a estratégia protecionista de Trump, que visa forçar empresas americanas a relocalizarem produção da China e outros países para o território nacional através de pressão tarifária.
Imagem de capa: edition.cnn.com
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 7825