Pelo 13º boletim Focus consecutivo, o mercado financeiro derruba as expectativas para o IPCA deste ano, revelando um cenário econômico em transformação com a economia brasileira
Resumo
- O mercado financeiro reduziu pela 13ª semana consecutiva a projeção de inflação para 2025, de 4,95% para 4,86%
- Mesmo com as quedas sucessivas, a expectativa ainda fura o teto da meta oficial de 4,5%
- O tarifaço de Donald Trump contra produtos brasileiros é apontado como fator de contenção da atividade econômica
- As projeções de PIB também recuaram: de 2,21% para 2,18% em 2025 e de 1,87% para 1,86% em 2026
- A taxa Selic permanece projetada em 15% para 2025 e 12,50% para 2026
- O dólar também teve leve recuo nas expectativas, passando de R$ 5,60 para R$ 5,59 em 2025
- O sistema de meta contínua estabelece objetivo de 3% para a inflação, com tolerância entre 1,5% e 4,5%
- O IBGE divulgará dados do IPCA-15 de agosto com expectativa de deflação de 0,23%
Previsões em queda livre há três meses
O mercado financeiro brasileiro embarcou numa dança incessante de revisões para baixo na inflação de 2025. Pelo 13º boletim Focus consecutivo, os analistas voltaram a derrubar as expectativas para o IPCA, numa novela que já dura mais de três meses. A estimativa que beirava os 5,09% há um mês despencou para os atuais 4,86%, numa trajetória que começou robusta no início do ano e agora patina em território ainda perigoso para a meta estabelecida pelo Banco Central.
As projeções divulgadas nesta segunda-feira pelo Banco Central apontam uma queda de 4,95% para 4,86% na estimativa de inflação para 2025. Mesmo com o recuo, o patamar segue furando o teto da meta, fixado em 4,5% pelo Conselho Monetário Nacional. Para os próximos anos, o cenário também se acomoda: 2026 passou de 4,40% para 4,33%, enquanto 2027 recuou de 4% para 3,97%. É como se os analistas tivessem descoberto a pólvora da cautela depois de tantos erros de cálculo nos últimos anos.
Tarifaço de Trump impacta o Brasil
Entre os fatores que explicam essa maré baixista nas previsões está o controverso tarifaço implementado pelo presidente americano Donald Trump. Segundo os especialistas consultados pelo Focus, as medidas protecionistas contra produtos brasileiros têm potencial de conter a atividade econômica e gerar um impacto baixista na inflação deste ano. É a velha lógica de que quando o vizinho rico espirra, o Brasil pega pneumonia – só que desta vez de forma contrária ao esperado.
O câmbio também sente os reflexos dessa dinâmica. A expectativa para o dólar em 2025 recuou de R$ 5,60 para R$ 5,59. Para 2026, a projeção passou de R$ 5,70 para R$ 5,64, e para 2027, de R$ 5,70 para R$ 5,63. São ajustes pequenos, mas que refletem uma percepção de menor pressão inflacionária importada numa economia que ainda carrega as cicatrizes da alta do dólar dos últimos anos.
PIB perde força nas projeções
O movimento baixista não se restringe à inflação. As previsões de crescimento da economia também murcharam mais uma vez. Para 2025, a estimativa de expansão do PIB caiu de 2,21% para 2,18%. No ano que vem, a expectativa também recuou de 1,87% para 1,86%. É um cenário de crescimento moderado que combina com uma inflação em desaceleração, mas que preocupa numa economia que ainda busca encontrar seu ritmo após anos de instabilidade.
A Selic, por sua vez, permanece ancorada nas expectativas dos especialistas: 15% para o final de 2025 e 12,50% para 2026. São patamares que refletem a necessidade do Banco Central de manter o juro restritivo para controlar as expectativas inflacionárias, mesmo com as sucessivas quedas nas projeções do IPCA.
Contexto das metas de inflação
- Sistema de metas contínuas: Desde o início de 2025, o Brasil adotou o sistema de meta contínua, com objetivo de manter a inflação em 3%, considerando dentro da meta variações entre 1,5% e 4,5%
- Boletim Focus: A pesquisa semanal do Banco Central consulta mais de 100 instituições financeiras para captar as expectativas do mercado sobre indicadores econômicos
- Mecanismo de transmissão: O BC calibra os juros olhando para frente, já que a Selic demora de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia
- Histórico de revisões: As 13 quedas consecutivas representam um movimento sem precedentes recentes na pesquisa Focus, revelando uma mudança substancial na percepção dos especialistas
- IPCA-15 de agosto: O IBGE divulgará os dados com expectativas de deflação de 0,23% no mês, após alta de 0,33% em julho, chegando a 4,88% em 12 meses
- Impacto das tarifas americanas: O protecionismo de Trump afeta não apenas o comércio bilateral, mas também as expectativas de crescimento e inflação no Brasil
- Dinâmica dos preços: A queda das commodities e menor pressão da demanda interna contribuem para o arrefecimento das expectativas inflacionárias
- Cenário internacional: O movimento reflete também uma tendência global de arrefecimento da inflação em economias emergentes
Imagem de capa: ibandce.com.br
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 7673