PF revela: Bolsonaro teve acesso prévio à defesa de general

Investigação da Polícia Federal encontra documentos no celular do ex-presidente que comprovam conhecimento antecipado da estratégia de defesa do autor do plano “Punhal Verde e Amarelo”


Resumo
  • PF encontrou no celular de Bolsonaro documentos da defesa do general Mário Fernandes, autor do plano para matar Lula e Moraes
  • Dois arquivos específicos comprovam acesso prévio do ex-presidente aos argumentos de defesa do militar
  • General Fernandes admitiu autoria do “Punhal Verde e Amarelo”, mas classificou como “pensamento digitalizado”
  • Descoberta viola medidas cautelares do STF que proíbem contato entre réus da trama golpista
  • Bolsonaro e Eduardo foram indiciados por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático
  • Plano previa uso de armas bélicas contra Moraes e envenenamento de Lula e Alckmin
  • Caso demonstra continuidade da estrutura hierárquica mesmo após prisões e medidas restritivas
  • Alexandre de Moraes encaminhou relatório à PGR para decisão sobre oferecimento de denúncia

A Polícia Federal descobriu que Jair Bolsonaro teve acesso antecipado aos argumentos de defesa do general Mário Fernandes, autor confesso do plano para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. A revelação foi incluída no relatório final da investigação enviado ao Supremo Tribunal Federal em agosto de 2025, adicionando mais uma camada de complexidade ao processo que já mantém o ex-presidente como principal alvo da operação que investiga a tentativa de golpe de Estado.

Os investigadores encontraram dois arquivos suspeitos salvos no aparelho celular apreendido de Bolsonaro: “Minuta revisão final.docx” e “Agravo regimental versao final.docx”, ambos relacionados diretamente com a defesa do general que admitiu ter criado o documento “Punhal Verde Amarelo”. Este plano detalhava estratégias para eliminar fisicamente as principais autoridades que representavam obstáculos aos planos golpistas do grupo, incluindo o uso de armas bélicas contra Moraes e morte por envenenamento de Lula.

O general Mário Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, causou impacto ao admitir em depoimento ao STF ser o autor intelectual do plano terrorista. Em sua defesa, Fernandes tentou minimizar a gravidade do documento, classificando-o como mero “pensamento digitalizado” e “estudo de situação”. O militar confirmou ter impresso o material para “não forçar a vista”, alegando tê-lo rasgado posteriormente. A descoberta da PF, contudo, demonstra que a conexão entre Bolsonaro e os detalhes da defesa de Fernandes vai muito além de coincidências ou contatos casuais.

Violação das medidas cautelares

A descoberta representa violação direta das medidas cautelares impostas pelo STF, que proíbem contato entre os réus da ação penal sobre a trama golpista. Segundo o relatório da PF, “a submissão prévia de documentos contendo teses de defesa do réu Mario Fernandes, ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro, revela a continuidade, mesmo após as medidas cautelares determinadas pelo juízo, da estrutura hierárquica e do vínculo subjetivo entre os investigados”. Esta constatação resultou no indiciamento adicional de Bolsonaro e seu filho Eduardo pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Detalhes do plano terrorista

O documento que virou peça central da investigação continha planejamento detalhado para “sequestro ou homicídio” das principais autoridades do país. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o plano era “minucioso nas suas atividades, requintado nas suas virtualidades perniciosas”, tendo o Supremo Tribunal Federal como alvo principal a ser “neutralizado”. As estratégias incluíam o uso de armamento pesado contra Alexandre de Moraes e métodos mais sofisticados, como envenenamento, para eliminar Lula da Silva. A PF também identificou que Fernandes informou a Mauro Cid, através de áudio, que Bolsonaro havia dado aval para execução do plano golpista até 31 de dezembro de 2022.

Hierarquia da organização criminosa

As investigações revelam uma complexa rede hierárquica que operava dentro do próprio governo federal. Mário Fernandes era considerado pelos investigadores como um dos generais que mais incentivava ações das Forças Armadas para concretizar o golpe, segundo informações do tenente-coronel Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro descreveu Fernandes como peça fundamental na articulação dos setores militares favoráveis à ruptura institucional. A descoberta dos documentos no celular presidencial demonstra que a coordenação entre os conspiradores continuou mesmo após as prisões e medidas restritivas impostas pela Justiça.

Próximos passos judiciais

O ministro Alexandre de Moraes encaminhou imediatamente o relatório com os novos indiciamentos à Procuradoria-Geral da República, cabendo ao procurador-geral Paulo Gonet decidir sobre o oferecimento de denúncia. A hipótese de arquivamento é considerada remota pelos especialistas, dado o volume de evidências reunidas. O caso ganhou ainda mais relevância por demonstrar tentativa de interferência no curso da ação penal, crime que pode resultar em penalidades adicionais para os envolvidos. Bolsonaro já é o principal réu do “núcleo 1” da ação penal que começou a ser julgada pela Primeira Turma do STF, tendo Alexandre de Moraes como relator.

Impactos no cenário político

A revelação intensifica o cenário de tensão política que marca o atual momento brasileiro, com reflexos diretos nas articulações para as eleições de 2026. A descoberta reforça a tese da acusação sobre a existência de uma organização criminosa estruturada para impedir a posse de Lula e manter Bolsonaro no poder através de métodos violentos. O caso também evidencia os desafios enfrentados pelo sistema democrático brasileiro para lidar com ameaças autoritárias, especialmente quando envolvem figuras que ocuparam os mais altos cargos da República. A continuidade das investigações e julgamentos representa teste crucial para as instituições democráticas do país.

Imagem de capa: cnnbrasil.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 7641

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