Tarcísio lidera com 43% contra 21% de Alckmin

Pesquisa GenialQuaest mostra atual governador disparado na liderança para 2026 enquanto vice-presidente emerge como principal nome da oposição ao governo estadual

A nova rodada da pesquisa GenialQuaest acaba de jogar uma bomba no cenário político de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas mantém sua posição de favorito absoluto para as eleições de 2026, registrando expressivos 43% das intenções de voto. A distância para o segundo colocado é brutal: 22 pontos percentuais separam o atual mandatário do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que aparece com 21% das preferências do eleitorado paulista.

O levantamento realizado entre os dias 13 e 17 de agosto de 2025 entrevistou 1.644 eleitores com 16 anos ou mais em todo o estado de São Paulo, com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. Os números consolidam um cenário já desenhado em pesquisas anteriores e expõem a fragilidade da oposição em encontrar um nome competitivo para enfrentar a máquina política de Tarcísio de Freitas.

Na terceira posição, Erika Hilton (PSOL) aparece com 8% das intenções de voto, seguida por Paulo Serra (PSDB) com apenas 3% e Felipe D’Ávila (Novo) com 2%. O quadro se completa com 7% de indecisos e 16% que declararam voto branco, nulo ou que não pretendem votar. A fragmentação da oposição fica evidente quando se observa que nenhum outro candidato consegue superar os dois dígitos na preferência dos eleitores.

Aprovação do governo Tarcísio mantém patamar elevado

A gestão de Tarcísio de Freitas no Palácio dos Bandeirantes mantém números robustos de aprovação, com 60% dos paulistas avaliando positivamente o trabalho do governador republicano. Este patamar representa estabilidade em relação aos levantamentos anteriores, que registraram 62% em abril de 2024, 61% em dezembro de 2024 e 61% em fevereiro de 2025.

A pesquisa revela ainda que 56% dos entrevistados acreditam que Tarcísio merece ser reeleito ao cargo. As áreas mais bem avaliadas da gestão são infraestrutura e mobilidade (49%) e transporte público (41%). No entanto, a segurança pública permanece como calcanhar de Aquiles do governo, com 36% dos paulistas considerando-a negativa.

A taxa de desaprovação do governo estadual fica em 29%, um número considerado baixo para padrões da política brasileira contemporânea. A avaliação positiva específica é de 44% dos entrevistados, representando um crescimento de três pontos percentuais em relação ao último levantamento de fevereiro.

Alckmin emerge como principal nome da oposição

O resultado da GenialQuaest consolida Geraldo Alckmin como o principal adversário de Tarcísio em uma eventual disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. O ex-governador paulista, que comandou o estado por quatro mandatos – sendo um deles completando o mandato de Mário Covas -, surge como a opção mais viável do campo progressista para enfrentar a máquina de reeleição do atual governador.

A posição de Alckmin no cenário político nacional tem se mostrado estratégica. Sua atuação como vice-presidente incluiu interlocução expressiva com as Forças Armadas e questões econômicas. Em uma reviravolta notável, o político que anteriormente representava o campo da direita e chegou a disputar o segundo turno presidencial contra Lula em 2006, agora emerge como possível candidato do campo progressista.

Esta possível candidatura representa uma oportunidade histórica para o grupo político progressista, que nunca obteve vitória em eleições para o governo paulista. O desempenho de Alckmin tem chamado atenção especialmente por sua capacidade de diálogo com diferentes setores da sociedade. Sua experiência administrativa no estado e seu perfil moderado são vistos como fatores positivos, especialmente em regiões do interior paulista, onde tradicionalmente o PT encontra resistência.

Contexto político e cenário nacional

Os números da pesquisa GenialQuaest se inserem em um contexto político nacional complexo, onde 74% dos brasileiros acreditam que Lula não deveria se candidatar à reeleição em 2026. Em São Paulo especificamente, 66% dos eleitores são contrários à recandidatura do petista. Este cenário fortalece as chances de Tarcísio caso decida disputar a Presidência da República.

A pesquisa revela ainda que a maioria do eleitorado paulista – 59% dos entrevistados – prefere que o próximo governador tenha uma postura política independente. Outros 23% gostariam que o mandatário fosse aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e apenas 17% preferem um governador alinhado ao presidente Lula.

Quanto à aprovação do governo federal em São Paulo, a pesquisa indica que 65% dos paulistas desaprovam o governo Lula, contra 69% que haviam respondido desta forma no levantamento de fevereiro. Já 34% aprovam o atual governo federal, contra 29% na última pesquisa. A avaliação negativa da gestão Lula atinge 51% dos entrevistados, enquanto 28% consideram-na regular e apenas 20% avaliam positivamente.

• GenialQuaest: Instituto de pesquisa criado em parceria entre a Genial Investimentos e o Instituto Quaest, especializado em levantamentos sobre cenário político brasileiro
• Tarcísio de Freitas: Governador de São Paulo desde 2023, filiado ao Republicanos, ex-ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro
• Geraldo Alckmin: Vice-presidente da República desde 2023, ex-governador de São Paulo por quatro mandatos, atualmente filiado ao PSB
• Palácio dos Bandeirantes: Sede oficial do governo do estado de São Paulo, localizada no Morumbi
• Intenção de voto: Metodologia de pesquisa que mede a preferência eleitoral em determinado momento, podendo variar até a data da eleição
• Margem de erro: Variação estatística de 2 pontos percentuais para mais ou menos, considerando nível de confiança de 95%
• Eleições 2026: Próximo pleito eleitoral nacional e estadual no Brasil, programado para outubro de 2026
• Aprovação governamental: Índice que mede o grau de satisfação da população com determinado governo ou gestor público
• Campo progressista: Denominação política que engloba partidos e movimentos de centro-esquerda e esquerda no Brasil
• Reeleição: Possibilidade constitucional de governadores e prefeitos disputarem um segundo mandato consecutivo