Temer pede ligação de Lula para Trump na frente de todos

Ex-presidente advoca por contato direto entre Brasil e EUA para enfrentar crise tarifária que já atinge a popularidade do petista nas pesquisas eleitorais


Resumo
  • Michel Temer recomendou que Lula ligue para Donald Trump na presença da imprensa para demonstrar esforços diplomáticos
  • Ex-presidente critica “paralisação” nas relações Brasil-EUA após imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros
  • Temer sugere que presidentes da Câmara e Senado também acionem seus homólogos americanos para contornar crise
  • Defende que Lula deve priorizar “interesse do país” em detrimento de posições “eleitoreiras” sobre soberania nacional
  • Avalia que cenário eleitoral de 2026 permanece incerto, com Lula mantendo prestígio mas enfrentando defecções na base aliada
  • Secretários de Tesouro e Comércio americanos já interromperam diálogos, mantendo apenas contatos em níveis técnicos
  • Paradoxalmente, pesquisas indicam que crise com Trump tem contribuído para melhorar popularidade doméstica de Lula

O ex-presidente Michel Temer lançou um conselho público a Luiz Inácio Lula da Silva: ligue para Donald Trump na frente da imprensa. A sugestão do ex-mandatário surge em meio ao impasse diplomático que se instaurou entre Brasil e Estados Unidos após a imposição unilateral de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A orientação de Temer não se trata de mero voluntarismo político, mas de uma estratégia calculada para demonstrar ao povo brasileiro que o governo está tomando providências efetivas para proteger a economia nacional.

Temer foi categórico ao desenhar o cenário que considera ideal: “Se fosse ele [Lula], chamaria toda a imprensa, ficaria na sala ao lado, faria a ligação. Eu acho que o Trump o atenderia. Mas, se não atendesse, ele sairia e diria: ‘olha, tentei, e amanhã vou tentar de novo'”. O ex-presidente não poupa críticas ao que considera uma paralisação perigosa nas relações bilaterais, numa conjuntura em que apenas os níveis técnicos dos dois governos mantêm algum tipo de diálogo.

A proposta de Temer ganha relevância quando se considera que os secretários de departamentos estratégicos americanos, como Tesouro e Comércio, já interromperam as conversas com seus homólogos brasileiros. Essa ruptura nos canais diplomáticos de alto escalão coloca o Brasil numa posição delicada diante da maior economia mundial, justamente quando o país precisa de todos os instrumentos possíveis para enfrentar a ofensiva protecionista trumpista.

Congresso Nacional deveria se mexer

O ex-presidente vai além e sugere que os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, deveriam seguir caminho semelhante. Segundo Temer, eles poderiam ligar para seus homólogos no Congresso americano e dizer: “há alguns problemas aqui entre os Executivos, mas nós temos responsabilidade perante o país”. A ideia reflete uma compreensão de que, num regime democrático, “quem governa o país não é só o Executivo, é Executivo juntamente com o Legislativo”.

Interesse nacional versus interesse eleitoreiro

A crítica mais dura de Temer recai sobre o que classifica como “interesse eleitoreiro” de Lula em detrimento do “interesse do país”. Para o ex-presidente, o petista precisa abandonar o discurso de soberania nacional e focar no pragmatismo das relações bilaterais: “O interesse agora não deve ser eleitoreiro, a história de soberania do Brasil, ninguém põe o pé aqui e vamos impedir que haja agressões à soberania nacional. Tem que ver o interesse do país, que é de manter boas relações”.

Cenário eleitoral de 2026

Temer também fez uma leitura do cenário eleitoral para 2026, reconhecendo que Lula “tem prestígio, tem popularidade”, mas ponderou que “como tem popularidade também o Bolsonaro, não vamos esquecer disso”. O ex-presidente aponta que partidos da base governista já sinalizaram que não acompanharão uma eventual candidatura petista, o que pode comprometer a articulação política de Lula para a reeleição.

Contexto histórico e político

Michel Temer ocupou a Presidência da República entre 2016 e 2018, assumindo após o impeachment de Dilma Rousseff. Durante seu governo, conduziu reformas econômicas como a PEC do Teto de Gastos Públicos

Donald Trump retornou à Casa Branca em janeiro de 2025 para seu segundo mandato, implementando imediatamente uma agenda protecionista que inclui tarifas sobre diversos países

Hugo Motta assumiu a presidência da Câmara dos Deputados em 2025, sendo considerado próximo ao Centrão e com trânsito junto ao governo Lula

Davi Alcolumbre voltou à presidência do Senado Federal, cargo que já havia ocupado entre 2019 e 2021, consolidando-se como figura influente no Congresso Nacional

Tarifaço trumpista representa um dos maiores desafios da política externa brasileira desde a redemocratização, com potencial de afetar setores estratégicos como agronegócio, mineração e manufaturas

Crise diplomática atual ecoa episódios históricos de tensão entre Brasil e EUA, mas ganha contornos únicos pela combinação com cenário eleitoral interno brasileiro

Pesquisas eleitorais recentes indicam que a crise com Trump, paradoxalmente, tem contribuído para melhorar a popularidade de Lula no cenário doméstico

Relações Brasil-EUA historicamente oscilaram entre cooperação e atritos, mas raramente chegaram ao nível atual de ruptura nos canais diplomáticos de alto escalão

Imagem de capa: blogs.oglobo.globo.com

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 7577

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