Levantamento mostra que maioria da população considera justa a medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, enquanto 39% discordam da decisão
Resumo
- Pesquisa GenialQuaest revela que 55% dos brasileiros consideram justa a prisão domiciliar de Bolsonaro, contra 39% que avaliam como injusta
- Levantamento ouviu 2.004 pessoas entre 13 e 17 de agosto, com margem de erro de 2 pontos percentuais
- 57% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro provocou deliberadamente Alexandre de Moraes ao participar de chamada de vídeo
- 52% da população crê que o ex-presidente participou de planos golpistas após derrota eleitoral em 2022
- Apoio à prisão é maior entre eleitores de Lula (84%), mulheres (58%), jovens (59%) e moradores do Nordeste (65%)
- Oposição à medida predomina entre bolsonaristas (87%), eleitores de Bolsonaro (83%) e evangélicos (57%)
- Prisão foi decretada por Moraes em 4 de agosto por descumprimento de medidas cautelares, incluindo proibição de usar redes sociais
Uma nova pesquisa da GenialQuaest divulgada nesta segunda-feira (25) traz revelações contundentes sobre a percepção dos brasileiros em relação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. O levantamento aponta que 55% dos entrevistados consideram a medida justa, enquanto 39% avaliam como injusta e apenas 6% não souberam ou preferiram não responder.
O instituto de pesquisa ouviu 2.004 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 13 e 17 de agosto, em 120 municípios brasileiros, com margem de erro de dois pontos percentuais. A prisão domiciliar foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes no dia 4 de agosto, após entender que Bolsonaro descumpriu medidas cautelares impostas junto da tornozeleira eletrônica, especialmente a proibição de postar em redes sociais.
O estudo revela ainda que 57% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro provocou deliberadamente o ministro do STF ao participar de chamada de vídeo durante manifestação de apoiadores no dia 3 de agosto. Para 30% dos entrevistados, o ex-presidente não compreendeu adequadamente as restrições impostas e cometeu um erro, enquanto 13% não souberam opinar. Adicionalmente, a pesquisa mostra que 52% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro participou de planos para tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022, um aumento em relação aos 49% registrados em março.
Divisão política define percepção sobre medida
O levantamento da GenialQuaest expõe uma clara polarização na sociedade brasileira, com a avaliação da medida judicial variando significativamente conforme o posicionamento político e perfil socioeconômico dos entrevistados.
Entre os grupos que mais consideram justa a prisão domiciliar estão: eleitores de Lula no segundo turno de 2022 (84%), lulistas (88%), pessoas que se definem como de esquerda mas não são lulistas (93%), moradores do Nordeste (65%), pessoas com renda familiar de até dois salários mínimos (62%), católicos (62%), jovens entre 16 e 34 anos (59%), mulheres (58%) e indivíduos com até ensino fundamental completo (56%).
Por outro lado, a percepção de injustiça predomina entre bolsonaristas (87%), eleitores de Bolsonaro no segundo turno de 2022 (83%) e evangélicos (57%). Segundo dados da pesquisa, a avaliação positiva da prisão domiciliar está diretamente associada à percepção pública de que Bolsonaro participou de um plano golpista.
Contexto histórico e implicações políticas
A decisão de Alexandre de Moraes insere-se em um contexto mais amplo de investigações sobre tentativas de ruptura democrática no Brasil, refletindo tensões políticas que se intensificaram desde as eleições de 2022.
- Antecedentes da prisão: A medida foi imposta após Bolsonaro participar de chamada de vídeo em manifestação de apoiadores, violando restrições que incluíam a proibição de usar redes sociais
- Investigações em curso: O ex-presidente responde como réu na Primeira Turma do STF por suposto envolvimento em trama golpista após derrota eleitoral em 2022
- Medidas cautelares: Além da prisão domiciliar, Bolsonaro utiliza tornozeleira eletrônica e tem outras restrições impostas pelo STF
- Defesa jurídica: A defesa de Bolsonaro nega descumprimento das medidas e classifica as acusações como perseguição política
- Precedentes no sistema: A prisão domiciliar com tornozeleira é uma medida relativamente comum no sistema judicial brasileiro, sendo aplicada especialmente para mães condenadas
- Polarização social: A pesquisa evidencia como questões judiciais envolvendo figuras políticas refletem e amplificam divisões ideológicas na sociedade brasileira
- Papel do centro político: Conforme dados do levantamento, eleitores de centro consolidam percepção de envolvimento de Bolsonaro em tentativa de golpe (58%), sendo decisivos para formar maioria
- Evolução temporal: O crescimento da percepção sobre participação golpista (de 49% em março para 52% em agosto) sugere consolidação de narrativa na opinião pública
- Segmentação demográfica: Diferenças por região, gênero, idade, renda e religião revelam como fatores socioeconômicos influenciam percepções políticas
- Impacto eleitoral: Os dados podem influenciar cenários eleitorais futuros, especialmente considerando as eleições de 2026
Imagem de capa: cnnbrasil.com.br
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Matéria de número 7557