STF investiga Malafaia por coação judicial

Uma operação policial contra o pastor Silas Malafaia revela indícios de uma articulação coordenada para pressionar o Supremo Tribunal Federal em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo decisão de Alexandre de Moraes


Resumo
  • O pastor Silas Malafaia foi incluído na investigação sobre tentativa de coação judicial contra o STF, tendo aparelhos apreendidos no Aeroporto do Galeão
  • As autoridades apontam que Malafaia atuou como orientador e auxiliar das ações de Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro contra o Poder Judiciário
  • O religioso está proibido de deixar o país, teve passaportes cancelados e não pode se comunicar com outros investigados do caso
  • As investigações apontam que Malafaia definia estratégias de coação e difundia narrativas inverídicas para pressionar ministros do STF
  • O pastor teria exercido influência direta sobre as postagens de Bolsonaro nas redes sociais durante momentos críticos da investigação
  • A operação ocorre no contexto do julgamento da suposta trama golpista de 2022, que começará em setembro na Primeira Turma do STF

O pastor Silas Malafaia, uma das figuras mais influentes do meio evangélico brasileiro, foi incluído na investigação sobre tentativa de coação judicial contra o Supremo Tribunal Federal. A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão contra o religioso no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, apreendendo seu celular e documentos enquanto desembarcava de Lisboa. A operação representa um novo capítulo no processo que apura a suposta trama golpista de 2022.

Investigação expõe articulação contra o STF

A decisão do ministro Alexandre de Moraes aponta que a Procuradoria-Geral da República identificou que Malafaia teria agido como orientador e auxiliar das ações de coação promovidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro. As investigações demonstraram fortes indícios de participação de Silas Malafaia na empreitada criminosa, de maneira dolosa e com unidade de desígnios com os demais investigados.

Estratégias de coação e narrativas inverídicas

A análise do material apreendido revelou que Malafaia vinha atuando de forma livre e consciente, em liame subjetivo com os demais investigados, na definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas. O pastor teria exercido influência direta sobre o comportamento da família Bolsonaro, avalizando e validando o conteúdo das postagens do ex-presidente em redes sociais durante momentos críticos da investigação.

Medidas cautelares impostas

Por decisão de Moraes, Malafaia está impedido de se ausentar do país e teve o cancelamento de passaportes, devendo entregar esses documentos em 24 horas. O pastor também foi proibido de se comunicar com os demais investigados nas ações penais relacionadas à suposta tentativa de golpe de Estado. A Polícia Federal identificou diálogos entre Jair Bolsonaro e Silas Malafaia a partir do dia 9 de julho de 2025, data do anúncio da imposição de tarifas ao Brasil pelos Estados Unidos.

  • Tentativa de Golpe de Estado 2022: Evento ocorrido em 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, em ato questionando a legitimidade da eleição presidencial vencida por Luiz Inácio Lula da Silva
  • Alexandre de Moraes: Ministro do Supremo Tribunal Federal desde 2017, foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral durante as eleições de 2022 e tem sido o principal responsável pelos inquéritos relacionados à investigação da trama golpista
  • Silas Malafaia: Pastor evangélico, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, com forte influência no meio religioso e político conservador brasileiro, conhecido por apoiar publicamente Jair Bolsonaro desde 2018
  • Primeira Turma do STF: Órgão colegiado composto por cinco ministros do Supremo, responsável pelo julgamento da ação penal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, com início marcado para setembro de 2025
  • Eduardo Bolsonaro: Deputado federal e filho do ex-presidente, investigado por sua atuação nos Estados Unidos buscando articular sanções contra autoridades brasileiras com o governo Trump
  • Coação no Curso do Processo: Crime previsto no artigo 344 do Código Penal brasileiro, que tipifica o ato de usar violência ou grave ameaça para favorecer interesse próprio ou alheio contra a administração da Justiça
  • Lei Magnitsky: Lei americana que permite ao governo dos EUA impor sanções a indivíduos considerados violadores de direitos humanos, mencionada nos diálogos investigados pela Polícia Federal
  • Procuradoria-Geral da República (PGR): Órgão do Ministério Público Federal responsável por atuar junto ao Supremo Tribunal Federal, comandado pelo procurador-geral Paulo Gonet

Imagem de capa: radarmz.blogspot.com

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 7442

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