Esposas do clã Bolsonaro usaram contas para esconder valores

Michelle e Heloísa Bolsonaro serviram como intermediárias em esquema para burlar decisões judiciais e ocultar movimentações financeiras


Resumo
  • PF revelou que Michelle e Heloísa Bolsonaro tiveram contas bancárias usadas para movimentar recursos do clã
  • Eduardo Bolsonaro utilizou conta da esposa para receber valores do pai e evitar bloqueios judiciais
  • Jair transferiu R$ 2 milhões para Michelle um dia antes de depor à PF, omitindo a informação
  • Movimentações fazem parte de esquema para financiar ações de Eduardo nos EUA contra o STF
  • Pai e filho foram indiciados por coação e tentativa de abolição do Estado democrático
  • Investigação aponta coordenação com advogados de Trump para pressionar Judiciário brasileiro

A Polícia Federal revelou mais um capítulo do imbróglio judicial envolvendo o clã Bolsonaro. Desta vez, Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente, e Heloísa Bolsonaro, mulher do deputado Eduardo, foram citadas em relatório por supostamente ajudarem a movimentar recursos financeiros para burlar decisões judiciais.

Os investigadores apontam que as contas bancárias das duas foram utilizadas como estratégia para escamotear valores e evitar possíveis bloqueios de recursos. De acordo com a PF, Eduardo Bolsonaro utilizou a conta bancária de sua mulher como forma de escamotear os valores encaminhados por seu genitor, enquanto processo semelhante teria sido empregado por Jair Bolsonaro com Michelle.

A investigação faz parte do inquérito que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro e Eduardo por tentativa de coação de ministros do STF e obstrução da Justiça. O relatório da PF aponta que o ex-presidente transferiu R$ 2 milhões para Michelle um dia antes de prestar depoimento sobre as ações de Eduardo nos Estados Unidos, omitindo essa informação dos investigadores.

Segundo os policiais federais, essa movimentação financeira faz parte de uma estratégia mais ampla do ex-presidente para se desfazer dos recursos financeiros que tinha em sua posse imediata e evitar possíveis medidas judiciais que limitassem e/ou impedissem de consumar o intento criminoso de apoiar financeiramente as ações do parlamentar licenciado no exterior.

Esquema de movimentação financeira

A investigação da PF identificou um padrão de comportamento suspeito nas movimentações bancárias do clã Bolsonaro. Eduardo, que está nos Estados Unidos articulando sanções contra ministros do STF, teria usado a conta da esposa para receber recursos do pai sem levantar suspeitas das autoridades judiciais. O objetivo seria contornar eventuais bloqueios ou rastreamentos de valores que pudessem ser ordenados pela Justiça.

Transferências omitidas

O caso mais emblemático envolve a transferência de R$ 2 milhões de Jair para Michelle, realizada estrategicamente um dia antes do depoimento do ex-presidente à PF. Durante o interrogatório, Bolsonaro omitiu essa movimentação, confirmando apenas o repasse de outros R$ 2 milhões destinados a custear a estadia de Eduardo nos Estados Unidos. Para os investigadores, essa cronologia não foi coincidência, mas parte de uma ação deliberada para ocultar recursos.

Articulação internacional

O relatório revela ainda que as movimentações financeiras estavam conectadas às ações de Eduardo no exterior, onde ele articulava com advogados ligados a Donald Trump para pressionar o Judiciário brasileiro. O deputado mantinha contato direto com Martin De Luca, representante da plataforma Rumble e da Trump Media, coordenando ataques contra o ministro Alexandre de Moraes.

Contexto histórico e político

  • Operação Tempus Veritatis: Deflagrada em fevereiro de 2025, investigou a trama golpista que culminou nos ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023
  • Medidas cautelares: Bolsonaro estava proibido pelo STF de usar redes sociais e manter contato com outros investigados desde julho de 2024
  • Lei Magnitsky: Legislação americana que permite sanções contra autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos
  • Indiciamento: Jair e Eduardo foram formalmente acusados pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito
  • Pastor Silas Malafaia: Também investigado por instigar Bolsonaro a descumprir as medidas cautelares impostas pelo STF
  • Rumble: Plataforma de vídeos alternativa ao YouTube, popular entre conservadores americanos
  • Trump Media & Technology Group: Conglomerado de mídia do ex-presidente americano Donald Trump

Imagem de capa: www1.folha.uol.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 7419

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