Uma avalanche de requerimentos sem precedentes tomou conta do Congresso Nacional neste início de semana. A CPI do INSS, mal instalada na última quarta-feira, já acumula números estratosféricos que expõem a dimensão política do escândalo que derrubou o ministro Carlos Lupi.
Resumo
- CPI do INSS registrou 646 requerimentos em apenas dois dias, superando recordes das CPIs do 8 de Janeiro e da Covid
- Oposição tomou controle da comissão elegendo Carlos Viana (Podemos-MG) presidente e Alfredo Gaspar (União-AL) relator
- Senador Izalci Lucas (PL-DF) protocolou sozinho 325 requerimentos em menos de 24 horas
- Entre os alvos principais está Frei Chico, irmão de Lula e dirigente sindical investigado
- Trabalhos iniciam terça-feira (26) com votação de requerimentos e quinta-feira (28) com plano de trabalho
- Todos os ministros da Previdência desde governo Dilma serão convocados para depor
- CPI deve investigar esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias e pensões
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito criada para investigar os descontos indevidos nas aposentadorias virou uma máquina de requerimentos que quebra recordes históricos. Em apenas dois dias de funcionamento oficial, foram protocolados 646 pedidos de convocação, convites e quebra de sigilos – número que as famosas CPIs do 8 de janeiro e da Covid-19 só alcançaram após semanas de trabalho.
O recado político foi claro desde a primeira hora: a oposição transformou a investigação sobre o esquema bilionário no INSS numa trincheira de guerra contra o governo Lula. A derrota do Planalto na eleição da mesa diretora foi emblemática. Numa articulação comandada por Rogério Marinho (PL-RN) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), conseguiram barrar Omar Aziz (PSD-AM), candidato governista apoiado por Davi Alcolumbre, e emplacaram Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente. O relator escolhido seguiu a mesma linha: Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), declaradamente bolsonarista.
Campeão dos Pedidos
O senador Izalci Lucas (PL-DF) sozinho protocolou 325 requerimentos em menos de 24 horas, repetindo a estratégia que já havia usado na CPI do 8 de janeiro. Do lado governista, quem mais apresentou pedidos foi Rogério Correia (PT-MG), com 51 requerimentos, incluindo convocações do ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-ministros de seu governo. O presidente da própria CPI, Carlos Viana, não ficou atrás e apresentou 16 requerimentos, mirando no diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Alvo Principal: Frei Chico
Entre os nomes mais citados nos requerimentos aparece José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula e vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi-FS). A entidade é uma das investigadas pela Polícia Federal por supostos descontos indevidos nos contracheques dos aposentados. A convocação de Frei Chico promete ser um dos momentos mais tensos da CPI, transformando o caso numa questão familiar que atinge diretamente o Palácio do Planalto.
Cronograma Acelerado
Carlos Viana anunciou que o colegiado se reunirá duas vezes por semana: segundas às 15h e quintas às 9h. Na próxima terça-feira (26), os parlamentares votam os primeiros requerimentos solicitando servidores da CGU, Polícia Federal e INSS para dar suporte às investigações. Na quinta (28), será apresentado o plano de trabalho pelo relator Alfredo Gaspar. O presidente já avisou que todos os ministros da Previdência desde Dilma Rousseff serão convocados para entender as falhas do sistema.
Contexto da investigação
- INSS (Instituto Nacional do Seguro Social): Autarquia federal responsável pelo pagamento de aposentadorias, pensões e benefícios previdenciários. Criado em 1990, atende mais de 30 milhões de beneficiários
- Esquema investigado: Descontos indevidos realizados por associações e sindicatos nos contracheques de aposentados, envolvendo cifras bilionárias ao longo dos anos
- Carlos Lupi: Ex-ministro da Previdência Social que pediu demissão em meio ao escândalo. Político do PDT, já ocupou o cargo em governos anteriores
- Wolney Queiroz: Atual ministro da Previdência, nomeado após a saída de Lupi. Ex-secretário de Previdência do Ministério da Fazenda
- Sindnapi-FS: Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical, uma das entidades investigadas
- CPI do 8 de janeiro: Comissão que investigou os ataques golpistas de janeiro de 2023. Levou 6 dias para alcançar 646 requerimentos
- CPI da Covid: Investigou ações e omissões do governo Bolsonaro durante a pandemia. Precisou de 28 dias para chegar ao mesmo número de pedidos
- Rogério Marinho: Senador do PL-RN, ex-ministro do Trabalho no governo Bolsonaro, articulador da oposição na CPI
- Sóstenes Cavalcante: Deputado do PL-RJ, pastor evangélico e um dos coordenadores da bancada evangélica
- Izalci Lucas: Senador do PL-DF, ex-governador do Distrito Federal, conhecido por protocolar grandes volumes de requerimentos
- Davi Alcolumbre: Presidente do Senado, do União Brasil-AP, responsável por adiar a instalação da CPI
- Omar Aziz: Senador do PSD-AM, ex-governador do Amazonas, candidato derrotado para presidir a CPI
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 7329