Filho de Jair Bolsonaro se manifesta após indiciamento por tentativa de obstruir ação penal do golpe, alegando que conversas com o pai são “absolutamente normais”
Resumo
- Eduardo Bolsonaro foi indiciado pela PF junto com Jair Bolsonaro por tentativa de obstruir ação penal da trama golpista
- Deputado alega que vive sob jurisdição americana e que conversas com o pai são “absolutamente normais”
- PF descobriu esquema de R$ 2 milhões transferidos de forma fracionada para financiar operação nos EUA
- Eduardo está nos Estados Unidos desde fevereiro após pedir licença parlamentar por “perseguição política”
- Investigação aponta que pai e filho atuaram coordenadamente para promover sanções americanas contra o Brasil
- Deputado questiona PF por não indiciar autoridades americanas como Trump, Rubio e Bessent
- Caso ocorre no contexto da ação penal sobre tentativa de golpe que se aproxima da fase final
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se manifestou nesta quarta-feira após ser indiciado pela Polícia Federal, junto com seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por tentativa de obstruir a ação penal da trama golpista. Em nota divulgada, Eduardo alegou que atualmente “vive sob a jurisdição americana, não a brasileira” e questionou a PF por não incluir autoridades americanas como Donald Trump no indiciamento.
A Polícia Federal concluiu que pai e filho atuaram de forma coordenada para promover sanções dos Estados Unidos contra o Brasil, especificamente contra instituições democráticas como o Supremo Tribunal Federal e ministros da Corte. Eduardo está nos Estados Unidos desde o fim de fevereiro, após pedir licença de 122 dias do mandato parlamentar sob alegação de perseguição política.
Esquema bilionário para financiar operação nos EUA
O relatório da PF revelou que Bolsonaro e Eduardo movimentaram mais de R$ 2 milhões de forma fracionada para evitar chamar atenção dos órgãos de controle financeiro. Segundo a investigação, desde o início de 2025, houve repasse de recursos substanciais de pai para filho, de forma reiterada e fracionada, como estratégia para evitar o acionamento de mecanismos de controle legal.
A PF identificou que Bolsonaro fez seis transferências para Eduardo no começo do ano que totalizaram R$ 111 mil. Os investigados utilizaram diversos artifícios para dissimular a origem e destino dos recursos financeiros, incluindo o uso das contas das esposas para dificultar o rastreamento das operações.
Durante a investigação, com a restauração de dados salvos em backup, a PF constatou intensa atividade de Jair Bolsonaro na produção e propagação de mensagens destinadas às redes sociais, em afronta à medida cautelar anteriormente imposta pelo STF.
Defesa contesta indiciamento e questiona soberania brasileira
Em sua manifestação, Eduardo Bolsonaro classificou como “lamentável e vergonhoso” a PF tratar como crime o vazamento de conversas privadas entre ele e seu pai, que considera “absolutamente normais”. O deputado negou que sua atuação política nos Estados Unidos tenha objetivo de interferir em processos judiciais no Brasil, alegando que seu pleito é pelo restabelecimento das liberdades individuais por meio da via legislativa.
O parlamentar questionou se “faltou coragem” da PF por não incluir no indiciamento autoridades americanas como o presidente Donald Trump, o secretário de Estado Marco Rubio ou o secretário do Tesouro Scott Bessent. Eduardo argumentou que o poder de tomar decisões não estava em suas mãos, mas sim nas autoridades americanas.
Segundo o deputado, ele está “plenamente amparado pela Primeira Emenda da Constituição” norte-americana, que assegura não apenas a liberdade de expressão, mas também o direito de peticionar demandas ao governo que rege sua jurisdição.
Contexto histórico e desdobramentos
Trama golpista: O indiciamento de Eduardo e Jair Bolsonaro ocorre no contexto da investigação sobre tentativa de golpe de Estado que tem o ex-presidente como principal réu. A ação penal se aproxima de sua fase final em setembro de 2025.
Sanções americanas: O governo dos Estados Unidos anunciou nos últimos meses uma série de ações contra o Brasil, incluindo tarifas de 50% contra importações de produtos brasileiros, investigação comercial contra o Pix e sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes na Lei Magnitsky.
Licença parlamentar: Eduardo pediu licença de 122 dias do mandato parlamentar em março de 2025 e foi morar nos Estados Unidos. Um pedido de cassação contra seu mandato foi enviado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, à Comissão de Ética da Casa.
Pastor Silas Malafaia: O pastor também é investigado e foi alvo de operação da PF, tendo o celular apreendido no aeroporto do Galeão após desembarcar de Lisboa. Ele está proibido de deixar o país e não pode se comunicar com outros investigados.
Primeira Emenda: A Primeira Emenda da Constituição americana, citada por Eduardo, protege a liberdade de expressão, religião, imprensa, assembleia e petição ao governo.
Lei Magnitsky: Lei americana que permite sanções contra indivíduos estrangeiros acusados de violações de direitos humanos ou corrupção.
Crimes imputados: Coação no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito são os crimes pelos quais pai e filho foram indiciados.
Imagem de capa: republicanoticias.com.br
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Matéria de número 7122