Governo federal prepara texto que impõe regras mais rigorosas às gigantes da tecnologia para combater práticas de concorrência desleal
Resumo
- Governo federal finaliza projeto que regula big techs com faturamento acima de R$ 5 bilhões no Brasil
- Texto do Ministério da Fazenda mira Google, Amazon, Apple, Meta e Microsoft
- Multas diárias de até R$ 20 mil, podendo ser ampliadas em 50 vezes conforme situação econômica
- Criação de Superintendência de Mercados Digitais no Cade com nomeação presidencial
- Obrigação de divulgar critérios de ranqueamento e transparência nos buscadores
- Proibição de práticas anticoncorrenciais como taxas abusivas e venda casada
- Empresas devem manter escritórios e representantes legais no Brasil
- Modelo inspirado na legislação europeia, mas adaptado à realidade brasileira
- Projeto será enviado junto com regulação de conteúdo das redes sociais
- Cerca de dez empresas globais devem se enquadrar na regulação mais severa
O governo Lula intensifica sua ofensiva contra as big techs com a finalização de um robusto projeto de lei que estabelece regulação econômica específica para empresas de tecnologia com faturamento superior a R$ 5 bilhões no Brasil e R$ 50 bilhões globalmente. O texto, desenvolvido pelo Ministério da Fazenda, representa uma das mais ambiciosas tentativas de controle estatal sobre gigantes digitais na América Latina.
A proposta atinge diretamente o núcleo das maiores plataformas globais, incluindo Google, Amazon, Apple, Meta e Microsoft, que dominam praticamente todo o ecossistema digital brasileiro. Segundo Marcos Pinto, secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, apenas cerca de dez empresas mundiais deverão se enquadrar na regulação mais severa.
O projeto estabelece obrigações detalhadas para as companhias, incluindo divulgação completa dos critérios de ranqueamento e exibição de ofertas de produtos, especialmente nos resultados de busca. A medida visa quebrar a caixa-preta dos algoritmos que determinam o que bilhões de usuários veem diariamente nas plataformas.
Sanções e fiscalização rigorosa
As penalidades previstas no projeto revelam a determinação governamental em fazer valer as novas regras. Empresas que descumprirem as obrigações poderão enfrentar multas diárias de até R$ 20 mil, especialmente se deixarem de manter escritórios ou canais de comunicação adequados no país. O que torna a punição ainda mais severa é a possibilidade de ampliação da multa em até cinquenta vezes, de acordo com a situação econômica da infratora.
Nova superintendência no Cade
O texto fortalece significativamente o papel do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que ganhará uma Superintendência de Mercados Digitais específica. O responsável pela nova estrutura será nomeado diretamente pelo presidente da República, após aprovação do Senado, com mandato de dois anos renováveis. A superintendência terá poderes amplos para atuar preventivamente contra a formação de cartéis e combater abusos no mercado digital.
Práticas anticoncorrenciais no alvo
O projeto proíbe explicitamente diversas práticas que limitam ou impedem a participação de concorrentes no mercado digital. Entre os alvos principais estão a cobrança de taxas abusivas pelas lojas de aplicativos para empresas menores de tecnologia, a venda casada de serviços e a falta de transparência nos buscadores. Especialistas apontam que práticas como preferência por produtos próprios, acordos de exclusividade e aquisição de startups para impedir concorrência futura também entram na mira da regulação.
Contexto e impactos da medida
- Precedentes internacionais: O modelo brasileiro se inspira na legislação da União Europeia, Alemanha e Reino Unido, mas com flexibilizações para a realidade nacional
- Guerra digital: A iniciativa surge em meio às tarifas impostas por Donald Trump, com Lula prometendo “cobrar imposto das big techs norte-americanas”
- Tramitação conjunta: O projeto será enviado ao Congresso junto com outra proposta que regula redes sociais e conteúdo digital
- Marco institucional: Criação de órgão específico no Cade para mercados digitais representa avanço regulatório
- Auditoria obrigatória: Empresas poderão ser obrigadas a contratar auditoria externa para verificar cumprimento das regras
- Representação nacional: Companhias devem manter escritórios e representantes no Brasil, sob pena de sanções
- Exemplo prático: A suspensão da rede social X (Twitter) por descumprimento judicial serve como precedente da nova postura regulatória
- Impacto econômico: Setor responde por parcela significativa da economia brasileira e mundial
- Transparência inédita: Primeira vez que Brasil exige divulgação de critérios de ranqueamento de conteúdo
- Proteção de startups: Regulação visa impedir que grandes plataformas comprem concorrentes emergentes
Imagem de capa: pyxys.com.br
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 6935