Oposição derruba indicações de Alcolumbre e Motta em manobra inédita e assume controle total da comissão que investigará esquema de R$ 6,3 bilhões em descontos ilegais contra aposentados
Resumo
- CPI do INSS foi instalada com vitória inédita da oposição sobre as indicações do governo
- Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente com 17 votos contra 14 de Omar Aziz (PSD-AM)
- Oposição assumiu controle total da investigação sobre fraudes de R$ 6,3 bilhões na Previdência
- Esquema criminoso utilizava entidades sindicais fantasmas para aplicar descontos ilegais
- Fraude derrubou ministro Carlos Lupi e gerou grave crise política para o governo Lula
- Investigações devem focar no Sindnapi, entidade ligada ao irmão do presidente
- CPI tem prazo de seis meses e promete investigações “sem entraves” contra responsáveis
Articulação quebra tradição no Congresso
A instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS nesta quarta-feira (20) marcou uma derrota política sem precedentes para o governo Lula. Numa manobra inédita no Congresso, a oposição conseguiu derrubar as indicações históricas dos presidentes da Câmara e do Senado, elegendo seus próprios nomes para comandar a investigação sobre o bilionário escândalo de fraudes previdenciárias. O senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente da CPI mista com 17 votos contra 14 de Omar Aziz (PSD-AM), nome indicado por Davi Alcolumbre. Na sequência, Viana indicou o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) como relator, contrariando também a indicação de Hugo Motta, que apoiava Ricardo Ayres (Republicanos-TO).
Escândalo bilionário expõe fragilidade do governo
O esquema investigado pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) revelou descontos irregulares que podem ter alcançado R$ 6,3 bilhões em benefícios da Previdência Social entre 2016 e 2024. Segundo as investigações, organizações criminosas utilizavam entidades sindicais fantasmas, sem estrutura para prestar qualquer serviço às vítimas, agindo com cadastros forjados para validar débitos fraudulentos. A fraude foi tão devastadora que derrubou o ministro da Previdência, Carlos Lupi, e gerou uma escalada de pressão política sobre o Palácio do Planalto. O episódio transformou-se numa oportunidade de ouro para a oposição desgastar ainda mais o já combalido governo petista.
Governo perde controle das investigações
A eleição de Viana representa uma reviravolta completa nos planos governistas, que apostavam em nomes alinhados ao Executivo para travar as investigações e evitar desgastes políticos. O Palácio do Planalto contava com Omar Aziz na presidência, senador conhecido por sua proximidade com o PT e que já havia presidido a CPI da Covid com mão pesada contra Bolsonaro. Com a derrota, o governo perdeu completamente o controle sobre uma comissão que promete expor detalhes explosivos de um dos maiores escândalos da Previdência Social brasileira. Os parlamentares de oposição já prometem investigações “sem entraves” e afirmam que não deixarão “os ladrões do PT impunes”.
Contexto histórico e desdobramentos
- Origem das fraudes: Segundo o ministro Jorge Messias, da AGU, os descontos indevidos começaram entre 2019 e 2022, durante o governo Bolsonaro, mas foram descobertos e extintos na atual gestão
- Revogação de proteções: Em agosto de 2022, o Congresso revogou uma lei de Bolsonaro que protegia aposentados contra fraudes em descontos não autorizados, beneficiando as entidades sindicais envolvidas no esquema
- Sindnapi na mira: A oposição pretende focar as investigações no Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, entidade ligada a Frei Chico, irmão do presidente Lula
- Composição da CPI: A comissão conta com 32 membros titulares (16 senadores e 16 deputados), sendo que PT e PL lideram com quatro representantes cada
- Prazo dos trabalhos: A CPI mista tem duração inicial de seis meses, com possibilidade de prorrogação para aprofundar as investigações
- Impacto político: O episódio é visto como uma das maiores derrotas da oposição contra o governo Lula até agora, segundo parlamentares
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.
Matéria de número 6803