BRB autorizado a comprar Banco Master após aprovação

Negócio de R$ 2 bilhões aguardava luz verde do Legislativo do DF desde março e enfrentou resistência da Justiça e da oposição por tramitação açodada


Resumo
  • A Câmara Legislativa do DF aprovou em dois turnos o projeto que autoriza o BRB a comprar 58% do Banco Master por R$ 2 bilhões, em votação apertada de 14 a 7 votos
  • O projeto tramitou em apenas cinco dias em regime de urgência, irritando a oposição que acionou a Justiça questionando a rapidez da aprovação
  • A operação estava travada desde maio por liminar do MPDFT e decisão do Tribunal de Justiça do DF exigindo aval legislativo
  • O BRB comprará 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais, incorporando o Master ao seu conglomerado prudencial
  • A operação ainda depende de autorização do Banco Central e assembleia de acionistas do BRB para ser concluída
  • O governador Ibaneis Rocha sancionou integralmente a lei na quarta-feira (20), sem vetos ao texto aprovado
  • O Cade já havia aprovado a operação em junho, restando apenas as pendências regulatórias finais

O Banco de Brasília (BRB) finalmente destrancou o caminho para sua expansão no mercado financeiro. Nesta terça-feira (19), a Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou em dois turnos o projeto que autoriza a instituição a comprar 58% do Banco Master, uma operação que havia sido travada pela Justiça desde maio passado. A votação foi apertada: 15 votos favoráveis contra 7 no primeiro turno e 14 a 7 no segundo turno.

A aprovação chegou apenas cinco dias depois do envio do projeto pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). O texto permitirá ao BRB adquirir 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master, negócio anunciado em março por R$ 2 bilhões. Na quarta-feira (20), Ibaneis sancionou integralmente a lei, sem vetos.

Operação travada há meses pela Justiça

O imbróglio judicial teve início em maio, quando o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) obteve uma liminar impedindo a operação por entender que o BRB não tinha autorização necessária do Legislativo distrital. Na última quarta-feira (13), o Tribunal de Justiça do DF reafirmou por maioria que seria preciso não apenas o aval da CLDF, mas também da assembleia de acionistas do próprio BRB.

A decisão judicial forçou a corrida contra o tempo do Palácio do Buriti. O projeto foi enviado em regime de urgência, uma prerrogativa que faz com que a proposta trave a pauta de votações se não for apreciada em até 45 dias. Com isso, a CLDF ficou impedida de votar outros projetos até resolver a questão do BRB.

Oposição aciona a Justiça contra tramitação açodada

A velocidade da tramitação irritou a oposição na Câmara Legislativa. Os deputados contrários ao governo Ibaneis questionaram a rapidez da aprovação e entraram com mandado de segurança na Justiça pedindo a suspensão do processo. Eles cobravam que o projeto passasse pelas comissões da Casa e exigiam mais informações sobre a transação.

A estratégia da base governista foi clara: evitar o aprofundamento do debate. O texto não tratava apenas da compra do Master, mas também dava carta branca ao BRB para adquirir participação em instituições financeiras, públicas ou privadas, sediadas no Brasil e no exterior. Na versão final aprovada, porém, esses dispositivos mais amplos foram retirados.

Próximos passos da operação

Mesmo com a aprovação legislativa e a sanção de Ibaneis, a operação ainda não está fechada. O BRB precisa do aval do Banco Central para a transferência das ações. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) já havia dado sua aprovação em junho.

Segundo o próprio BRB, a aquisição das ações tem como objetivo a incorporação do Banco Master ao Conglomerado Prudencial do Banco BRB, em linha com sua estratégia de expansão e fortalecimento de sua posição no mercado financeiro. As empresas manterão estruturas apartadas, com compartilhamento de governança e sinergias.

Contexto da operação bilionária

  • Valor da transação: R$ 2 bilhões pelo controle de 58% do Banco Master
  • Estrutura acionária: 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais
  • Ativos envolvidos: Inicialmente R$ 50 bilhões, mas nas negociações finais com o BC, o BRB ficará com R$ 25 bilhões
  • Forma de pagamento: 50% à vista no fechamento, até 50% em conta garantia (escrow), restante em dois anos
  • Saída estratégica: Augusto Lima, sócio com 35% do Master, deixou a sociedade durante as negociações
  • Aprovações obtidas: Cade (junho), CLDF (agosto), sanção governamental (agosto)
  • Pendências: Autorização do Banco Central e assembleia de acionistas do BRB

Histórico do Banco Master

  • Fundação: Banco privado com atuação no mercado de crédito
  • Controladores: Daniel Vorcaro (sócio majoritário após saída de Augusto Lima)
  • Ativos problemáticos: R$ 23 bilhões considerados de baixa liquidez foram excluídos da operação
  • Estratégia: Incorporação ao conglomerado BRB mantendo estruturas separadas

BRB e sua estratégia de expansão

  • Controle acionário: Governo do DF detém 71,9% das ações do BRB
  • Objetivo: Fortalecimento no mercado financeiro nacional
  • Modelo operacional: Estruturas apartadas com sinergia estratégica
  • Governança: Compartilhamento de expertise entre as instituições

Imagem de capa: corban.blog.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 6775

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