O presidente americano Donald Trump escancara uma guinada histórica na economia dos EUA ao implementar práticas de intervenção estatal que lembram o modelo chinês, arrecadando parte da receita de gigantes como Nvidia e AMD e comprando participações em empresas estratégicas
Resumo
- Trump adota modelo chinês de intervenção estatal na economia americana, arrecadando receita da Nvidia e AMD e comprando participação na Intel
- Especialistas classificam as medidas como “direção estatal que não existia nos EUA”, comparando ao capitalismo de Estado chinês
- Wall Street expressa incerteza e preocupação com o “território desconhecido” das novas políticas econômicas
- Governo americano obtém controle direto sobre empresas através de golden shares e participações acionárias estratégicas
- Tarifas americanas contra produtos chineses atingem 145%, provocando retaliação de 125% por parte de Pequim
- Países asiáticos como Japão e Coreia do Sul enfrentam novas tarifas como estratégia indireta contra a China
- Movimento representa quebra radical com décadas de tradição de livre mercado nos Estados Unidos
Trump protagoniza uma das mais dramáticas mudanças na política econômica americana ao adotar estratégias de controle empresarial que remetem diretamente ao modelo chinês de capitalismo de Estado. O movimento, que surpreendeu Wall Street e veteranos de Washington, representa uma quebra radical com as tradições de livre mercado dos Estados Unidos.
O presidente americano não apenas falou sobre essa transformação durante sua campanha eleitoral – o tema sequer foi abordado em seu primeiro mandato. Mais surpreendente ainda: Trump chegou a criticar seu antecessor por adotar medidas semelhantes. Mas neste mês de agosto, ele deixou cristalino que está disposto a usar todo o peso do governo americano para intervir diretamente em assuntos corporativos, visando alcançar seus objetivos econômicos e de política externa.
A nova estratégia trumpista inclui medidas inéditas como arrecadar uma parte da receita gerada pelas vendas de chips de inteligência artificial para a China feitas pela Nvidia e pela Advanced Micro Devices (AMD). Em movimento ainda mais ousado, o governo está negociando a compra de 10% de participação na Intel, o que transformaria o Estado americano no maior acionista da fabricante de semicondutores. O Pentágono também decidiu realizar um aporte de US$ 400 milhões em ações preferenciais de uma empresa pouco conhecida de mineração de terras raras.
Comparação com Modelo Chinês Gera Polêmica
Gary Hufbauer, pesquisador sênior do Peterson Institute for International Economics, não poupou palavras ao caracterizar essa nova direção: “É uma direção estatal que não tivemos nos EUA, é muito o modelo chinês entrando no governo americano”. A afirmação ressoa como um terremoto nos círculos econômicos tradicionais americanos, acostumados com décadas de política de livre mercado.
Na economia tradicionalmente liberal dos Estados Unidos, o governo normalmente não compra participações em empresas. Existem exceções históricas, como durante a crise financeira de 2008-2009, quando interveio para apoiar gigantes como Citigroup, AIG e General Motors. Entretanto, a Intel não enfrenta risco iminente de colapso, diferentemente daqueles casos emergenciais.
Wall Street em Território Desconhecido
A sequência de medidas surpreendeu Wall Street e veteranos na formulação de políticas em Washington, que, em público e privado, admitiram nunca terem presenciado algo parecido em suas décadas de carreira. Investidores, legisladores e especialistas em segurança nacional repetem constantemente termos como “incerteza” e “território desconhecido” ao serem questionados sobre os riscos das novas políticas trumpistas.
Lee Munson, diretor de investimentos da Portfolio Wealth Advisors, que administra US$ 390 milhões em ativos, expressou sua preocupação: “Estou muito preocupado. Teremos esses setores nos quais o presidente começa a dizer ‘vocês têm que nos pagar apenas para vender internacionalmente’. Onde isso vai parar? Eu nem sei como comprar ações de empresas que têm exposição à China e possuem propriedade intelectual de alta tecnologia”.
Golden Share e Controle Empresarial Direto
O envolvimento direto do governo Trump em questões corporativas está se tornando marca registrada do segundo mandato presidencial. Trump, que se descreve como um negociador nato, tem histórico misto de sucessos, mas prometeu trazer abordagem empresarial para governar em Washington. Além das medidas com Nvidia, AMD e Intel, seu governo garantiu a chamada golden share da Nippon Steel, siderúrgica japonesa, conferindo a Trump poder pessoal para tomar decisões corporativas sobre a US Steel.
Nesses casos específicos, o governo está literalmente escolhendo vencedores e perdedores, correndo o risco de prejudicar o livre fluxo de capital. A Casa Branca justifica a estratégia através do porta-voz Kush Desai: “O foco do governo Trump em indústrias como aço, semicondutores e minerais críticos não é arbitrário, esses setores são essenciais para a nossa segurança nacional e econômica”.
Contexto Histórico e Geopolítico
- Antecedentes da Guerra Comercial: A rivalidade entre EUA e China intensificou-se durante o primeiro mandato de Trump (2017-2021), com imposição de tarifas recíprocas que atingiram diversos setores
- Semicondutores como Arma Estratégica: O controle da produção de chips tornou-se questão de segurança nacional, especialmente após a pandemia expor vulnerabilidades nas cadeias de suprimento globais
- Modelo Chinês de Capitalismo de Estado: A China utiliza empresas estatais e participações governamentais para dirigir investimentos em setores estratégicos há décadas
- Desindustrialização Americana: Nas décadas de 1970, um em cada cinco empregos americanos eram industriais; hoje, essa proporção caiu para um em doze
Impactos nos Mercados Globais
- Tarifas Escalonantes: As tarifas americanas sobre importações chinesas atingiram 145%, combinando taxas anteriores com novas imposições
- Retaliação Chinesa: Pequim respondeu aumentando tarifas sobre produtos americanos para 125%, numa escalada sem precedentes
- Países Asiáticos Alvejados: Japão, Coreia do Sul, Indonésia, Tailândia, Malásia, Laos e Mianmar enfrentam novas tarifas como forma indireta de pressionar a China
- DeepSeek como Catalisador: O surgimento da startup chinesa de inteligência artificial provocou venda massiva de ações tecnológicas americanas, intensificando a percepção de ameaça chinesa
Especialistas e Análises Técnicas
- Gary Hufbauer – Peterson Institute for International Economics: Especialista em comércio internacional que comparou diretamente as medidas ao modelo econômico chinês
- Lee Munson – Portfolio Wealth Advisors: Gestor de investimentos preocupado com as implicações para empresas com exposição à China
- Gareth Leather – Capital Economics: Economista sênior que alertou para possíveis efeitos contraproducentes das negociações
- Edemilson Paraná: Analista que destacou a falta de coordenação estatal americana comparada à unidade chinesa
Repercussões na Política Externa
- Sul Global: Países em desenvolvimento aproximam-se comercialmente da China devido às incertezas tarifárias americanas
- Exportações Chinesas: Dobraram na última década para Sudeste Asiático, América Latina e Oriente Médio, comparado a 28% de crescimento para os EUA
- Taiwan: A ilha recebeu tarifa de 32%, apesar de ser parceiro próximo dos EUA na produção de chips
- Rússia: Curiosamente, foi excluída das tarifas trumpistas, apesar das tensões geopolíticas
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 6699