Gigante japonesa demonstra confiança na fabricante americana em meio a reestruturação bilionária e competição acirrada no setor de semicondutores
Resumo
- SoftBank Group anuncia investimento de US$ 2 bilhões na Intel, pagando US$ 23 por ação
- Investimento representa aproximadamente 2% de participação acionária, tornando SoftBank um dos dez maiores acionistas
- Intel registrou prejuízo histórico de US$ 18,8 bilhões em 2024 e enfrenta crescente concorrência da AMD e pressão no setor de IA
- Ações da Intel subiram 5,6% no pós-mercado, enquanto SoftBank recuou 4%
- Governo americano considera investimento de até 10% na Intel através de conversão de subsídios do CHIPS Act
- Movimento alinha-se com estratégia da SoftBank em IA, incluindo projeto Stargate de US$ 500 bilhões
- Investimento busca fortalecer posição da Intel na competição com fabricantes asiáticos como TSMC
A gigante japonesa SoftBank Group anunciou nesta segunda-feira (18 de agosto de 2025) um investimento estratégico de US$ 2 bilhões na fabricante americana de chips Intel. O movimento representa um importante voto de confiança na companhia americana, que passa por um complexo processo de reestruturação em busca de competitividade no setor de semicondutores para inteligência artificial.
O aporte será realizado através da compra de ações ordinárias da Intel ao valor de US$ 23 por papel, representando um pequeno desconto em relação ao preço de fechamento de segunda-feira, que foi de US$ 23,66. Com esta operação, a SoftBank se tornará um dos dez principais acionistas da Intel, detendo aproximadamente 2% de participação acionária, sem exigir assento no conselho de administração nem se comprometer a comprar chips da empresa.
As empresas divulgaram em comunicado conjunto que o investimento alinha-se perfeitamente com a estratégia agressiva da SoftBank no setor de inteligência artificial, incluindo o ambicioso projeto Stargate de US$ 500 bilhões voltado à infraestrutura de data centers nos Estados Unidos. Masayoshi Son, presidente e CEO da SoftBank, declarou que “este investimento estratégico reflete a nossa convicção de que a fabricação e o fornecimento avançados de semicondutores vão se expandir ainda mais nos Estados Unidos, com a Intel desempenhando um papel fundamental”.
História da gigante dos semicondutores
A Intel Corporation foi fundada em 1968 por Robert Noyce e Gordon Moore em Santa Clara, Califórnia, tornando-se rapidamente uma das empresas mais icônicas do Vale do Silício. Durante décadas, dominou o mercado de processadores para computadores pessoais com sua linha x86, estabelecendo parcerias históricas com gigantes como IBM e Microsoft. A empresa foi pioneira na Lei de Moore, que previa a duplicação da capacidade de processamento dos chips a cada dois anos, conceito que orientou o desenvolvimento tecnológico por décadas.
Crise financeira assombra fabricante
A Intel enfrenta sérias dificuldades financeiras, registrando prejuízo histórico de US$ 18,8 bilhões em 2024, o primeiro resultado negativo desde 1986. No segundo trimestre de 2025, a empresa reportou receita de US$ 12,9 bilhões, mas ainda apresentou prejuízo líquido de US$ 2,9 bilhões, com perda por ação de US$ 0,67. Os resultados refletem desafios em sua divisão tradicional de PCs e servidores, além da crescente concorrência da AMD e falhas em consolidar um negócio relevante de contratação de chips para rivalizar com a taiwanesa TSMC.
Mercado financeiro celebra investimento
O mercado reagiu positivamente ao anúncio do investimento: as ações da Intel subiram aproximadamente 5,6% no pós-mercado, demonstrando o otimismo dos investidores com a entrada da SoftBank. Por outro lado, as ações da SoftBank recuaram cerca de 4%, possivelmente refletindo preocupações sobre a diversificação dos investimentos da empresa japonesa. A valorização das ações da Intel antes da abertura de Wall Street confirma que o mercado interpreta o movimento como um forte sinal de confiança na capacidade de recuperação da fabricante americana.
Governo americano pode entrar na jogada
Paralelamente ao investimento da SoftBank, há discussões sobre um possível investimento do governo americano na Intel, convertendo até US$ 10,9 bilhões em subsídios do CHIPS Act em participação acionária, o que poderia representar uma fatia de até 10% do capital da companhia. O presidente Donald Trump reuniu-se recentemente com o CEO da Intel, Lip-Bu Tan, descrevendo o encontro como “muito interessante” e elogiando o “sucesso e ascensão” de Tan como “uma história incrível”. O secretário do Tesouro Scott Bessent esclareceu que qualquer investimento governamental será para ajudar a empresa a se estabilizar, mas que o governo não forçará empresas americanas a comprarem chips da Intel.
Estratégia bilionária da SoftBank
A SoftBank Group, liderada pelo visionário Masayoshi Son, é conhecida por seus investimentos arrojados em tecnologia e inteligência artificial. O conglomerado japonês já possui participações estratégicas na Arm Holdings e lidera o financiamento do projeto Stargate. Em 2025, a empresa anunciou uma série de investimentos gigantescos, incluindo o compromisso de US$ 30 bilhões para a criadora do ChatGPT, a OpenAI. A estratégia da SoftBank visa posicionar-se como protagonista na revolução da inteligência artificial, apostando em empresas que considera fundamentais para o futuro tecnológico.
Guerra dos chips esquenta mercado
A Intel perdeu terreno significativo na corrida pelo domínio dos semicondutores de inteligência artificial para concorrentes como Nvidia e TSMC. A rival de longa data AMD vem ganhando participação nos mercados de chips para servidores e computadores pessoais, que são os pilares tradicionais da Intel. O plano ambicioso e caro da Intel para um negócio de produção de chips sob demanda de terceiros não conseguiu decolar, deixando a empresa em posição vulnerável no mercado de manufatura semicondutora. Especialistas apontam que “o duplo papel da Intel como projetista e fabricante a posiciona de forma única como potencialmente a melhor plataforma nos EUA para competir com a TSMC”.
Política industrial americana em jogo
O investimento da SoftBank ocorre em um momento crucial para a política industrial americana, especialmente após a aprovação do CHIPS Act, que destina bilhões em subsídios para fortalecer a produção doméstica de semicondutores. A iniciativa busca reduzir a dependência dos Estados Unidos de fabricantes asiáticos, particularmente a TSMC e Samsung. Analistas consideram que, apesar de positivo, “o investimento da SoftBank ajuda, mas não é o que vai mudar o rumo da Intel”, conforme avalia Amir Anvarzadeh, estrategista da Asymmetric Advisors. A operação demonstra o alinhamento entre interesses privados japoneses e objetivos estratégicos americanos no setor tecnológico.
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 6619