Investigações da PF escancararam uma rede criminosa que operava dentro da administração municipal de São Bernardo do Campo, com desvio milionário, contratos fraudulentos e lavagem de dinheiro, tudo revelado por um fortuito encontro durante operação policial. Prefeito Marcelo Lima é afastado, servidores e empresários são presos, e investigação promete abalar o cenário político paulista em 2025.
Resumo
- Polícia Federal descobre esquema milionário de corrupção por acaso durante operação em julho de 2025, em São Bernardo do Campo.
- Prefeito Marcelo Lima afastado do cargo por 1 ano; ex-servidor da Alesp foragido; vice-prefeita Jéssica Cormick assume a administração municipal.
- 70 agentes federais, 20 mandados de busca, milhões de reais em dinheiro vivo apreendidos de servidores e empresários.
- Esquema envolvia contratos públicos de obras, saúde, manutenção, coleta de resíduos e informática, com pagamentos difusos e lavagem de dinheiro.
- Fundação ABC, órgão ligado à saúde regional, envolvida nas investigações, mas promete colaboração total com autoridades.
- Crimes atribuídos: organização criminosa, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro.
- Escândalo político abala o Grande ABC e gera repercussão nacional sobre combate à corrupção.
PF desmonta esquema por acaso durante operação
A Polícia Federal encontrou o fio da meada do maior escândalo político do ano em São Bernardo do Campo por uma coincidência digna de enredo policial. No dia 7 de julho de 2025, durante uma operação para cumprir um mandado de prisão sobre fraudes na internet, os agentes acabaram abordando o carro do servidor da Assembleia Legislativa de São Paulo, Paulo Iran Paulino Costa. Ali, sob dinheiro vivo sem justificativa, abriram caminho para uma investigação explosiva: nenhum policial poderia encontrar tamanha fortuna e ignorar a pista.
Em buscas no mesmo endereço, mais uma surpresa: além dos R$583 mil localizados no veículo, os policiais encontraram outros quase R$13 milhões e US$157 mil em espécie no apartamento do servidor. A apreensão inédita detonou a Operação Estafeta, escancarando o envolvimento direto do prefeito Marcelo Lima (Podemos) e seu núcleo duro no desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e propina.
Prefeito afastado e PM assume prefeitura
O desdobramento foi devastador. Nesta quinta-feira, 14 de agosto, a Justiça determinou o afastamento imediato do prefeito Marcelo Lima por um ano, impondo tornozeleira eletrônica e restrição de circulação ao líder do Executivo. A vice-prefeita, sargento da PM paulista Jéssica Cormick (Avante), assume o comando municipal diante do caos institucional.
O servidor Paulo Iran, agente central da operação criminosa, foi exonerado da Alesp e agora é considerado foragido, enquanto o diretor de Departamento da própria Prefeitura, Antônio Renê da Silva Chagas, também teve a prisão decretada como operador financeiro do esquema. Empresários ligados a contratos de obras, saúde, medicamentos e exportações completam o grupo de presos.
Ao todo, foram 70 agentes federais nas ruas, 20 mandados de busca e apreensão, quebra de 34 sigilos telefônicos e fiscais e milhões de reais em moeda nacional e estrangeira recolhidos de diferentes couraças da corrupção municipal.
Esquema milionário: contratos, propina e lavagem
Segundo a PF e o Ministério Público, o centro da organização criminosa girava em torno de contratos das áreas de obras, saúde, manutenção, coleta de resíduos, engenharia e informática da prefeitura e também da Fundação ABC. Empresas que deveriam prestar serviços essenciais repassavam valores milionários, mascarados de pagamentos lícitos, diretamente à quadrilha comandada no núcleo político pela chefia do Executivo.
O esquema tinha linguagem codificada e uso de telefones clandestinos para dificultar o rastreamento das comunicações. Uma rede de servidores e agentes políticos atuava com funções bem definidas: arrecadação, distribuição dos recursos, propina sistemática e lavagem por meio da Fundação ABC e terceiros.
O relatório da Polícia Federal destaca que Paulo Iran recebia instruções diretas do prefeito, agia como preposto e articulava a distribuição de valores. Investigações indicam pagamentos difusos inclusive para despesas familiares do prefeito, como a faculdade da filha.
Contexto da investigação
- Operação histórica: A Operação Estafeta teve início em julho de 2025 após a apreensão de valores recordes em São Paulo, marcando um novo paradigma para investigações de corrupção municipal no país. Esquemas semelhantes já abalaram administrações em outros polos paulistas.
- Pessoas envolvidas:
- Marcelo Lima (Podemos), prefeito afastado de São Bernardo do Campo.
- Jéssica Cormick (Avante), vice-prefeita e sargento da PM, assume a prefeitura.
- Paulo Iran Paulino Costa, servidor da Alesp, considerado o operador financeiro central.
- Antônio Renê da Silva Chagas, diretor de Departamento, acusado de operador financeiro.
- Empresários de setores de obras, saúde, exportação e importação, todos investigados.
- Órgãos envolvidos: Prefeitura de São Bernardo do Campo, Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), Fundação ABC, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
- Empresas investigadas: Ramo de terraplanagem, medicamentos, exportação, manutenção, coletoras de resíduos e fornecedoras de engenharia e informática.
- Medidas aplicadas: Afastamento de cargos públicos, quebra de sigilos, prisões preventivas, tornozeleira eletrônica.
- Impacto político: Abalo direto na estrutura de poder municipal, mudança de comando, aumento da pressão sobre partidos e lideranças da região metropolitana paulista.
- Fundação ABC: Organização social referência em saúde pública regional, responsável por dezenas de hospitais e unidades de saúde. A entidade se declara perplexa, prometendo máxima colaboração com as autoridades.
- Estrutura da quadrilha: O Ministério Público detalhou a divisão rigorosa de tarefas, a profissionalização dos contatos ilícitos e o uso intensivo de dinheiro em espécie para dificultar o rastro digital.
- Crimes identificados: Organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
- Valores apreendidos: Dinheiro vivo (mais de R$14 milhões e US$157 mil), pagamentos para despesas pessoais dos chefes do Executivo, contratos superfaturados e propina circulando entre empresários e agentes públicos.
- Marcelo Lima (Podemos), prefeito afastado de São Bernardo do Campo.
- Jéssica Cormick (Avante), vice-prefeita e sargento da PM, assume a prefeitura.
- Paulo Iran Paulino Costa, servidor da Alesp, considerado o operador financeiro central.
- Antônio Renê da Silva Chagas, diretor de Departamento, acusado de operador financeiro.
- Empresários de setores de obras, saúde, exportação e importação, todos investigados.
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 6383