Datafolha aponta apoio à prisão domiciliar de Bolsonaro sob comando de Moraes

Aprovação nacional da prisão de Bolsonaro em levantamento Datafolha

Pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha em 14 de agosto de 2025 evidenciou a polarização política no Brasil. O levantamento mostrou que 51% da população aprova a prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) contra Jair Bolsonaro. O índice de brasileiros que considera as ações do magistrado conforme a lei e Constituição é de 53%, sinalizando debates institucionais intensos após medidas judiciais direcionadas ao ex-presidente.

Moraes é visto como defensor da lei; repercussão acompanha cenário internacional

A pesquisa Datafolha entrevistou presencialmente 2.002 brasileiros acima de 16 anos em 113 municípios nos dias 11 e 12 de agosto. A maioria dos participantes classificou as decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal como legítimas após acusação de descumprimento de medidas cautelares por Bolsonaro. O ex-presidente teria participado virtualmente de manifestações políticas e feito publicações em redes sociais alheias, contrariando restrições impostas judicialmente.
Entre os participantes, 87% disseram estar informados sobre a prisão, sendo 30% bem informados, 42% medianamente e 15% pouco informados. Quanto à hipótese de perseguição política, 53% rejeitaram essa interpretação, enquanto 39% concordaram parcialmente.

Aprovação cresce entre jovens e nordestinos; Sul lidera rejeição

A pesquisa ressaltou diferenças regionais e por faixa etária no apoio às ações judiciais. Jovens de 16 a 24 anos apresentam índice de aprovação de 60%, enquanto no Nordeste esse percentual chega a 61%. Na Região Sul, prevalece rejeição (51%), consolidando o quadro de polarização geográfica.

Defesa contesta acusações; cenário político internacional é influenciado

A defesa de Bolsonaro contesta as acusações e vai recorrer da decisão, atribuindo os acontecimentos à perseguição política. O episódio gerou repercussão internacional, com reações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que adotou tarifas contra o Brasil e criticou o Supremo Tribunal Federal, intensificando debates entre os governos.

Percepção sobre tratamento judicial gera discussão no Brasil

Segundo o levantamento, 43% dos participantes acreditam que o Judiciário trata Bolsonaro de forma menos favorecida do que outros políticos; 37% enxergam tratamento igualitário e 13% consideram haver vantagem. Entre os eleitores do ex-presidente em 2022, cerca de 20% apoiam ou não se opõem à decisão, mostrando diversidade de opiniões mesmo entre antigos aliados.

Contexto político e estatístico do caso

• Pessoas-chave: Jair Bolsonaro, Alexandre de Moraes, Donald Trump, Flávio Bolsonaro, Nikolas Ferreira.
• Palavras-chave: Prisão domiciliar, Datafolha, STF, Alexandre de Moraes, golpe de Estado, eleição 2022, polarização, opinião pública, perseguição política, direitos fundamentais.
• Contexto histórico: A prisão domiciliar decretada em agosto de 2025 decorre das investigações sobre tentativa de golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro em 2022, marcando nova fase de tensão entre poderes e forte polarização nacional.
• Levantamentos estatísticos: Margem de erro da pesquisa: 2 pontos percentuais; total de entrevistados: 2.002; abrangência nacional.
• Fatos marcantes:
  • Descumprimento de medidas cautelares detectado em participação virtual de Bolsonaro em protestos em 3 de agosto de 2025.
  • Decisão judicial baseada em registros de manifestações e postagens de aliados.
  • Reações internacionais envolvem sanções diplomáticas e tarifas comerciais.
• Órgãos envolvidos: Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral da República (PGR).
• Segmentação geográfica: Rejeição majoritária no Sul; Nordeste e jovens concentram maior apoio.
• Desdobramentos esperados: Julgamento do caso previsto para setembro de 2025, com repercussões políticas nacionais.
• Perfil dos entrevistados: Brasileiros acima de 16 anos, amostra representativa por região e faixa etária.
• Temas correlatos: Impeachment, estado de direito, liberdade de expressão em redes sociais, judicialização da política.