Presidente brasileiro critica medidas americanas durante evento com montadora chinesa GWM e exalta parceria comercial de US$ 160 bilhões com Pequim
Resumo
- Lula classificou tarifas de Trump contra o Brasil como “turbulência desnecessária” durante evento da GWM em São Paulo
- Presidente rejeitou “inverdades” americanas sobre o país e defendeu capacidade negociadora brasileira no cenário internacional
- Governo destacou superioridade do comércio Brasil-China (US$ 160 bi) sobre relação com EUA (US$ 80 bi)
- Trump minimizou preocupação com aproximação Brasil-China, alegando superioridade econômica americana
- Tarifas americanas começaram com 10% em abril e podem atingir 50% conforme carta enviada por Trump a Lula
- Brasil registra déficit comercial com EUA desde 2009, contrariando narrativa americana sobre desequilíbrio
- GWM investirá R$ 10 bilhões no Brasil até 2032, gerando até mil empregos diretos na fábrica paulista
Governo brasileiro classifica medidas como provocação
Em uma das mais duras respostas aos ataques comerciais dos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou as tarifas impostas por Donald Trump como uma “turbulência desnecessária” contra o Brasil. Durante a inauguração da fábrica da montadora chinesa GWM em Iracemápolis, interior de São Paulo, nesta sexta-feira (15), Lula criticou as medidas americanas e defendeu energicamente a imagem do país no cenário internacional.
Defesa nacional contra acusações americanas ganha tom incisivo
Com vocabulário contundente típico de seus discursos mais duros, Lula rejeitou frontalmente as acusações norte-americanas. “A ideia de passar para o mundo que o Brasil é um país horrível para negociar não é verdade. E eu não posso admitir que um presidente de um país do tamanho dos EUA possa contar a quantidade de inverdades que ele tem contado sobre o Brasil”, declarou o petista durante o evento empresarial. O presidente brasileiro demonstrou irritação especial com as alegações de Trump sobre direitos humanos, defendendo o Supremo Tribunal Federal e lembrando que Bolsonaro está sendo julgado por tentativa de golpe através de delação de seus próprios pares. As tarifas de 10% inicialmente anunciadas em abril foram ampliadas para até 50% após carta enviada por Trump ao governo brasileiro, segundo relatou Lula, que disse ter ficado “estarrecido” com a escalada das tensões comerciais.
Contexto histórico e informações complementares
- Tarifas de Trump contra o Brasil: As sobretaxas americanas começaram a valer na primeira semana de agosto de 2025, inicialmente com 10% sobre produtos brasileiros, mas com ameaças de ampliação para até 50% conforme carta enviada por Trump ao governo Lula
- Relação comercial Brasil-China: O comércio bilateral atingiu US$ 160 bilhões em 2024, o dobro dos US$ 80 bilhões registrados entre Brasil e Estados Unidos, consolidando a China como principal parceiro comercial brasileiro
- GWM Motors: Montadora chinesa Great Wall Motors inaugurou fábrica em Iracemápolis (SP) com investimento projetado de R$ 4 bilhões até 2026 e mais R$ 6 bilhões entre 2027-2032, gerando até mil empregos diretos
- Déficit comercial Brasil-EUA: Desde 2009, o Brasil registra déficit na balança comercial com os Estados Unidos, comprando mais produtos americanos do que vende, contrariando narrativa de Trump sobre desequilíbrio comercial
- Programa Mover: A GWM é a primeira empresa habilitada no programa federal de mobilidade verde para produção de veículos híbridos plug-in no Brasil
- Geraldo Alckmin: Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento lidera as negociações comerciais com os Estados Unidos por determinação de Lula, tentando mediar a crise tarifária
- Supremo Tribunal Federal: Corte brasileira julgará Jair Bolsonaro e sete aliados a partir de 2 setembro por crimes contra o Estado democrático de direito, segundo denúncia da PGR
- BRICS: Lula associou o crescimento dos países do Sul Global, representados pelo bloco, à preocupação de potências tradicionais com nações antes consideradas “invisíveis”
Governo americano minimiza aproximação Brasil-China
Na quinta-feira (14), um dia antes do discurso de Lula, Trump reagiu com desdém às críticas sobre a aproximação comercial entre Brasil e China. “Não estou nem um pouco preocupado. Eles podem fazer o que quiserem. Sabe, nenhum deles está indo muito bem, e o que estamos fazendo em termos de economia… Estamos superando todo mundo, incluindo a China”, declarou o presidente americano em entrevista à imprensa. A resposta de Trump demonstra a estratégia de minimizar a influência chinesa na América Latina, mesmo diante do crescimento exponencial do comércio bilateral sino-brasileiro. O governo americano tem pressionado países latino-americanos para reduzir parcerias comerciais com Pequim, especialmente em setores estratégicos como tecnologia e infraestrutura.
Presidente endurece discurso sobre soberania nacional
Em tom mais assertivo, Lula enfatizou que o Brasil merece respeito independentemente de seu PIB inferior ao americano ou chinês. “O Brasil não é um país rico nem tem o PIB dos norte-americanos ou da China. Mas temos um povo que merece respeito, que tem orgulho de ser o que é e que só pode ser melhor se a gente tiver coragem de resistir às ofensas que fazem a nós”, afirmou o presidente. O petista também adotou postura pragmática sobre o investimento estrangeiro, lembrando a saída da Ford do Brasil em 2021. “Quem quiser sair, que saia. Quem quiser vir, estaremos de braços e coração abertos esperando”, declarou, sinalizando abertura para novos investimentos enquanto rejeita pressões externas.
Imagem de capa: cnnbrasil.com.br
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 6317