Malafaia no foco: evangélicos reagem à inclusão

Bancada religiosa critica “escalada de medidas sem critérios técnicos claros” e vazamentos seletivos que comprometem a isonomia processual no caso que envolve o deputado federal


Resumo
  • Frente Parlamentar Evangélica manifestou “profunda preocupação” com inclusão de Silas Malafaia em inquérito sobre Eduardo Bolsonaro
  • Bancada critica “escalada de medidas sem critérios técnicos claros” e vazamentos seletivos no processo
  • Inquérito investiga crimes de coação, obstrução e tentativa de derrubada do Estado Democrático
  • Malafaia nega envolvimento e classifica investigação como perseguição política
  • Parlamentares e juristas criticam avanço sobre liberdade de expressão e manifestação
  • Inclusão do pastor gera tensão com comunidade evangélica brasileira
  • Ministro André Mendonça manifesta preocupação com impacto da decisão

A Frente Parlamentar Evangélica manifestou “profunda preocupação” com a inclusão do pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, no inquérito que investiga a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A reação da bancada evangélica evidencia o desconforto com o avanço das investigações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes sobre figuras próximas ao movimento conservador.

A Frente ressalta que qualquer processo envolvendo autoridades políticas, líderes religiosos ou cidadãos deve respeitar rigorosamente o direito à defesa e ao contraditório, garantindo a imparcialidade, transparência e legitimidade das instituições. O inquérito foi aberto no final de maio por ordem de Moraes, após solicitação da Procuradoria-Geral da República, para apurar crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de derrubada violenta do Estado Democrático de Direito.

Os parlamentares criticam o que classificam como “sequência de ações sem critérios técnicos claros” e possíveis vazamentos seletivos que comprometem a igualdade processual e enfraquecem a confiança no sistema de Justiça. A inclusão de Malafaia provocou reação imediata do próprio pastor, que negou qualquer envolvimento e classificou a investigação como perseguição política, afirmando: “Isso é o nível a que chegou o Estado Democrático de Direito. Não falo inglês, não tenho nenhuma comunicação com americano. A Polícia Federal virou polícia de Alexandre de Moraes”.

Contexto do inquérito e inclusão de Malafaia

O inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro foi aberto para apurar sua atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, onde o deputado reside desde fevereiro de 2025. Segundo a Polícia Federal, Eduardo teria agido de forma articulada com seu pai, Jair Bolsonaro, para pressionar o Supremo Tribunal Federal. A inclusão de Silas Malafaia ocorreu após o pastor organizar atos de apoio ao ex-presidente no último dia 3 de agosto, que resultaram na prisão domiciliar de Bolsonaro no dia seguinte. O ministro Alexandre de Moraes alegou que Bolsonaro teria descumprido cautelares, sendo um dos motivos o fato de cumprimentar, por meio de videochamada, os manifestantes que participavam da mobilização no Rio de Janeiro.

Reações políticas e jurídicas

A decisão de incluir Malafaia no inquérito provocou forte reação de parlamentares, juristas e especialistas, que acusam o magistrado de avançar sobre a liberdade de expressão e manifestação. O líder do PL na Câmara, deputado federal Sóstenes Cavalcante, afirmou que “no Brasil de Alexandre de Moraes, organizar ato pacífico e criticar o STF é crime”. Já o senador Flávio Bolsonaro criticou a decisão, dizendo que Alexandre de Moraes segue gastando tempo e dinheiro público para intimidar quem ousa discordar do sistema. O advogado constitucionalista André Marsiglia aponta que o pastor está sendo investigado por falar o que pensa e que essa decisão configura a “revogação” da liberdade de expressão no Brasil.

Tensão com a comunidade evangélica

Fontes ligadas ao inquérito revelaram preocupação com o impacto que a investigação pode ter na comunidade evangélica do Brasil, que está em sua maioria alinhada à direita. Segundo informações, o ministro do STF André Mendonça, que também é pastor presbiteriano, teria manifestado preocupação com a inclusão de Malafaia no inquérito e alertado colegas da Corte sobre o risco de a decisão intensificar a tensão com a comunidade evangélica. O sociólogo Gustavo Alves afirma que a comunidade evangélica tem mostrado uma postura combativa contra as ações do STF e que “a inclusão de Malafaia no inquérito pode aumentar a polarização e influenciar na formação de identidades políticas”.

Perfil de Silas Malafaia

Silas Lima Malafaia é um dos principais líderes evangélicos do Brasil e presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Conhecido por suas posições conservadoras e críticas frequentes ao sistema político, o pastor possui grande influência na comunidade evangélica brasileira. Malafaia tem sido um dos principais organizadores de atos de apoio a Jair Bolsonaro e crítico das ações do Supremo Tribunal Federal. Em suas declarações públicas, o pastor tem afirmado que suas críticas ao STF são baseadas na Constituição e que tem o direito de exercer a liberdade de expressão.

Repercussões jurídicas

Especialistas em Direito Constitucional questionam a fundamentação jurídica da inclusão de Malafaia no inquérito. O advogado Alessandro Chiarottino, professor de Direito Constitucional e doutor em Direito pela USP, alerta que há risco evidente de extrapolação do conceito de crime, especialmente quando manifestações orais são tomadas como elementos centrais de imputação penal. O jurista afirma que “não há, até agora, indícios claros de que Malafaia tenha atuado para obstruir qualquer investigação ou para coagir agentes públicos no exercício de suas funções”. Para os críticos, o caso não apresenta provas concretas de participação do líder religioso em atos supostamente golpistas, restringindo-se a declarações públicas contrárias ao STF.

Imagem de capa: metropoles.com

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 6273

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