PL busca Bolsonaro para definir estratégia no Congresso

Dirigentes do Partido Liberal buscam aprovação judicial para antecipar visitas ao ex-presidente em prisão domiciliar e discutir atuação sobre anistia e foro privilegiado após atritos com presidentes da Câmara e Senado


Resumo
  • Cúpula do PL quer antecipar visitas a Bolsonaro para definir estratégia no Congresso Nacional
  • Vice-presidente da Câmara e secretário-geral do PL buscam autorização para reunião na próxima semana
  • Foco das discussões será PEC do foro privilegiado e projeto de anistia para envolvidos no 8 de janeiro
  • Partido enfrenta resistência de Hugo Motta e Davi Alcolumbre para pautar projetos prioritários
  • PL conseguiu 180 das 257 assinaturas necessárias para urgência do projeto de anistia
  • Alexandre de Moraes controla criteriosamente visitas a Bolsonaro através de sistema de rodízio
  • Michelle Bolsonaro atua como principal interlocutora entre partido e ex-presidente
  • Estratégia inclui obstrução de pautas e pressão sobre presidentes das Casas legislativas

A cúpula do Partido Liberal está articulando para conseguir autorização judicial para visitar Jair Bolsonaro antes do prazo inicialmente aprovado. O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (RJ), e o secretário-geral do PL, Rogério Marinho (RN), querem se reunir com o ex-presidente ainda na próxima semana, antecipando encontros que já haviam sido aprovados para o final de agosto.

A urgência das visitas reflete a necessidade do partido de definir sua estratégia no Congresso Nacional, especialmente após os atritos com Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, e Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado. As tensões escalaram depois que ambos os presidentes das Casas legislativas demonstraram resistência em colocar na pauta projetos prioritários para a bancada bolsonarista.

O foco principal das discussões será a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o foro privilegiado e, principalmente, o projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Esse último tema tornou-se central na estratégia política do PL, que busca beneficiar não apenas os manifestantes presos, mas potencialmente o próprio Bolsonaro, que hoje está inelegível e responde por tentativa de golpe de Estado.

Guerra de posições no Congresso

O cenário político atual mostra um Partido Liberal em rota de colisão com a direção do Congresso Nacional. Hugo Motta tem sido particularmente visado por críticos bolsonaristas, que chegaram a chamá-lo de “esquerdista do PSOL” por sua resistência em pautar o projeto de anistia. Durante manifestação em São Paulo, o pastor Silas Malafaia chegou a xingá-lo de “covarde da Paraíba”.

A estratégia da oposição bolsonarista passou a incluir pedidos de urgência para o projeto de anistia, o que permitiria que a matéria fosse votada diretamente no plenário, sem passar por comissões. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirma ter conseguido cerca de 180 das 257 assinaturas necessárias para o requerimento de urgência.

Paralelamente, parlamentares do PL têm promovido obstrução sistemática das pautas para pressionar pela inclusão do projeto de anistia na agenda. Essa tática visa ganhar tempo através de discursos longos, pedidos de adiamento e ausências estratégicas no plenário.

Rodízio de visitas controlado

O ministro Alexandre de Moraes tem sido criterioso na concessão de autorizações para visitas a Bolsonaro. Das 64 solicitações analisadas, apenas 34 foram aprovadas. O sistema funciona como um rodízio, com parlamentares visitando em dias específicos para evitar aglomerações que pudessem caracterizar atos políticos na residência do ex-presidente.

Além de Côrtes e Marinho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) já possui autorização para visitar o pai. O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, ainda aguarda aprovação para seu encontro. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem servido como interlocutora principal, transmitindo mensagens entre a cúpula partidária e Bolsonaro durante o período de restrição de contatos.

Contexto histórico e implicações

  • 8 de Janeiro de 2023: Invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília por manifestantes que contestavam o resultado das eleições presidenciais de 2022
  • Projeto de Anistia: Proposta que prevê perdão aos investigados por crimes contra os Três Poderes, incluindo os envolvidos nos atos de 8 de janeiro
  • Inelegibilidade de Bolsonaro: Ex-presidente foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder político e econômico
  • Trama Golpista: Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa
  • PEC do Foro Privilegiado: Proposta que limitaria o foro especial por prerogativa de função, afetando políticos com mandato
  • Hugo Motta: Assumiu a presidência da Câmara em fevereiro de 2025, sucedendo Arthur Lira
  • Davi Alcolumbre: Retornou à presidência do Senado em 2025, cargo que já havia ocupado entre 2019 e 2021
  • Partido Liberal: Maior bancada da Câmara dos Deputados, com 99 parlamentares eleitos em 2022
  • Prisão Domiciliar: Bolsonaro cumpre medida cautelar determinada por Alexandre de Moraes desde janeiro de 2025
  • Supremo Tribunal Federal: Corte responsável pelo julgamento dos processos relacionados aos atos antidemocráticos

Imagem de capa: cnnbrasil.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 6091

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