Tarcísio Pressiona Oposição por Caso Ultrafarma

Governador paulista enfrenta tempestade política após esquema bilionário de fraudes no ICMS envolver empresários e auditores fiscais da Secretaria da Fazenda


Resumo
  • Operação Ícaro do MP-SP revelou esquema bilionário de fraudes no ICMS envolvendo auditores fiscais e empresários
  • Sidney Oliveira (Ultrafarma) e Mário Otávio Gomes (Fast Shop) foram presos por participação no esquema que desviou mais de R$ 1 bilhão desde 2021
  • Oposição na Alesp pressiona Tarcísio por respostas e articula CPI para investigar o caso
  • Governo estadual tenta se desvincular alegando que fraudes começaram antes da gestão atual
  • Tarcísio mantém silêncio sobre o caso enquanto promete combater infiltração do crime organizado
  • Secretário da Fazenda Samuel Kinoshita enfrenta críticas de oposição e até mesmo de aliados do governo

A Operação Ícaro do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu uma nova frente de desgaste político para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que agora precisa lidar com a pressão crescente da oposição sobre o esquema bilionário de corrupção que envolve auditores fiscais da Secretaria da Fazenda e empresários como Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma. O governador, que mantém silêncio sobre o caso, promete endurecer o combate aos crimes organizados que se infiltram na administração pública.

Escândalo bilionário balança São Paulo

O caso explodiu com a prisão de Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, e Mário Otávio Gomes, diretor da Fast Shop, acusados de integrar um esquema que movimentou mais de R$ 1 bilhão em fraudes no ICMS desde 2021. A investigação revelou que auditores fiscais da Secretaria da Fazenda paulista facilitavam créditos tributários irregulares em troca de propinas, adulterando valores e agilizando processos que deveriam passar por análise criteriosa. O Ministério Público suspeita que dezenas, senão centenas de milhões de reais foram desviados, e promotores investigam se outras varejistas participavam do esquema corrupto que beneficiava empresas em detrimento dos cofres públicos.

Oposição articula CPI e pressiona governo

A oposição na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) não perdeu tempo e já articula uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias. O deputado Carlos Giannazzi (PSOL) afirmou que se o pagamento de propinas movimentou mais de R$ 1 bilhão, as empresas envolvidas tiveram um benefício muito maior. O parlamentar também solicitou o rompimento do contrato de naming rights da estação Saúde-Ultrafarma do metrô, questionando a permanência da empresa em contratos públicos após as acusações. Já o deputado Reis (PT) foi mais direto ao declarar que existe uma quadrilha no núcleo da Secretaria de Estado da Fazenda e que o governador tem responsabilidade, já que a equipe da Fazenda foi nomeada por ele.

Tarcísio em silêncio estratégico

Enquanto a pressão política aumenta, Tarcísio de Freitas mantém um silêncio calculado sobre o caso Ultrafarma. O governo estadual tenta se desvincular do escândalo, alegando que os fatos investigados começaram em 2021, antes de sua gestão, e envolvem servidores de escalões inferiores. Auxiliares do governador afirmam que a ordem é apoiar as investigações e reforçar que o Estado é vítima do esquema, criando um grupo de trabalho para revisar os pedidos de ressarcimento ligados às práticas investigadas. No entanto, mesmo aliados demonstram insatisfação com o secretário da Fazenda Samuel Kinoshita, criticando a falta de diálogo e questionando sua permanência no cargo.

Contexto e informações complementares

  • Operação Ícaro: Deflagrada pelo MP-SP em agosto de 2025, resultou na prisão de empresários e auditores fiscais acusados de fraudar o sistema de créditos de ICMS. O nome faz referência ao mito grego de Ícaro, que voou alto demais e teve suas asas derretidas pelo sol.
  • Sidney Oliveira: Fundador da Ultrafarma, conhecido por negociar pessoalmente com fornecedores e manter preços competitivos. Em 2019, já havia sido alvo da Justiça por não recolher milhões em impostos federais. O MP-SP indica que ele era a principal pessoa envolvida no esquema, ocupando posição de comando.
  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): Principal tributo estadual no Brasil, representa importante fonte de receita para os estados. O sistema de créditos permite que empresas deduzam valores pagos em operações anteriores, mecanismo que foi fraudado no esquema investigado.
  • Tarcísio de Freitas: Governador de São Paulo desde 2023, ex-ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro. Tem enfrentado outros desafios políticos relacionados à segurança pública e infiltração do crime organizado em prefeituras paulistas.
  • Secretaria da Fazenda de SP: Órgão responsável pela arrecadação e fiscalização tributária no estado. Sob comando de Samuel Kinoshita, enfrenta críticas tanto da oposição quanto de aliados do governo pela falta de controles que permitiram o esquema.
  • Fast Shop: Varejista de eletrodomésticos e eletrônicos cujo diretor Mário Otávio Gomes também foi preso na operação, indicando que o esquema não se limitava ao setor farmacêutico.
  • Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp): Casa legislativa estadual onde a oposição articula investigações sobre o caso. Deputados buscam informações junto ao MP-SP e tentam convocar o secretário da Fazenda para prestar esclarecimentos.
  • Combate ao Crime Organizado: Tarcísio tem prometido operações contra a infiltração criminal em prefeituras e na área da saúde, mencionando preocupação com financiamento de campanhas eleitorais pelo crime.

Imagem de capa: www1.folha.uol.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 6071

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