Presidente do Senado garante funcionamento dos colegiados durante o segundo semestre após pressão da oposição e denúncias que ganharam repercussão nacional
Resumo
- Presidente do Senado Davi Alcolumbre confirma instalação de três CPIs na próxima semana: INSS, Pedofilia e Crime Organizado
- CPI do INSS investigará esquema de R$ 6,3 bilhões em desvios de benefícios previdenciários que afetou 4,2 milhões de aposentados entre 2019 e 2024
- CPI da Pedofilia apurará exploração de crianças em plataformas digitais após denúncias do influenciador “Felca” que viralizaram com 30 milhões de visualizações
- CPI do Crime Organizado investigará facções e milícias que dominam territórios brasileiros, com faturamento estimado de até R$ 335 bilhões apenas no tráfico para Europa
- Brasil registra 47,3 mil mortes violentas anuais e figura entre os 20 países mais violentos do mundo segundo dados oficiais
- As três comissões funcionarão simultaneamente durante o segundo semestre de 2025 com prazos entre 120 e 180 dias
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou na quarta-feira (14) que instalará na próxima semana três importantes Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que prometem agitar o cenário político nacional. As comissões investigarão esquemas de desvios no INSS, a exploração de crianças em plataformas digitais e a atuação de facções criminosas e milícias no país.
Durante conversa com o presidente da Câmara, Hugo Motta, Alcolumbre definiu o cronograma para instalação dos colegiados. “Conversei com Hugo Motta e ontem com o senador Omar Aziz (PSD-AM), que é o indicado pelo Senado para presidir a CPI do INSS. Tenho o compromisso de instalar também as CPIs do Magno Malta e do Alessandro Vieira”, declarou o presidente do Senado. A instalação estava prevista para esta semana, mas foi adiada a pedido de Motta para permitir as indicações necessárias da Câmara dos Deputados.
As três comissões chegam ao Senado em um momento de intensa pressão política e social. A CPI do INSS surge após revelações da Operação Sem Desconto, que descobriu desvios de R$ 6,3 bilhões em benefícios previdenciários entre 2019 e 2024, afetando 4,2 milhões de aposentados e pensionistas. Já a CPI da Pedofilia ganhou força após as denúncias do influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como “Felca”, sobre a monetização de conteúdos que expõem crianças à exploração nas redes sociais. A CPI do Crime Organizado, por sua vez, busca investigar a expansão de facções e milícias que dominam territórios e atividades econômicas em todo o país.
CPI do INSS: Investigação de Esquema Bilionário
A CPI do INSS foi proposta pela oposição após a deflagração da “Operação Sem Desconto” pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União. As investigações revelaram um esquema sofisticado de desvios em benefícios previdenciários que funcionou entre 2019 e 2024, causando prejuízos de quase R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos. O esquema envolveu entidades conveniadas ao INSS que realizaram descontos indevidos nas contas de aposentados e pensionistas, afetando diretamente a vida de milhões de brasileiros vulneráveis. O colegiado aguarda a indicação dos membros da Câmara, que devem ser anunciados até o dia 22 de agosto. O PSD já indicou Sidney Leite (AM) como titular e Carlos Sampaio (SP) como suplente, enquanto o PP escolheu Esperidião Amin (SC) e Luiz Carlos Heinze (RS). Os trabalhos da comissão terão duração de até 180 dias e orçamento de R$ 200 mil para as investigações.
CPI da Pedofilia: Combate à Exploração Infantil Digital
A CPI da Pedofilia, de autoria do senador Magno Malta (PL-ES), já conta com as assinaturas necessárias desde 2023, mas ganhou nova urgência após as denúncias que abalaram o país. O assunto entrou em discussão intensa no Congresso Nacional nesta semana, quando parlamentares solicitaram investigação sobre a sexualização de crianças e jovens nas plataformas digitais. O estopim foi o vídeo do influenciador Felipe Bressanim Pereira, o “Felca”, que já alcançou mais de 30 milhões de visualizações denunciando a monetização de conteúdos que expõem crianças à adultização, exploração e situações predatórias. No Senado, o pedido foi protocolado pelos senadores Jaime Bagattoli (PL-RO) e Damares Alves (Republicanos-DF), reunindo 70 assinaturas, bem acima das 27 necessárias. A proposta prevê 13 membros, sendo oito titulares e cinco suplentes. Na Câmara, o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) apresentou pedido similar, que ainda precisa atingir as 171 assinaturas exigidas.
CPI do Crime Organizado: Combate às Facções e Milícias
Proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), a CPI do Crime Organizado tem como objetivo investigar a atuação, expansão e funcionamento de organizações criminosas no território brasileiro, com foco especial em facções e milícias. O colegiado será composto por 18 senadores, sendo 11 titulares e 7 suplentes, com prazo de funcionamento de 120 dias e limite de despesas de R$ 30 mil. A comissão surge em um contexto alarmante para a segurança pública brasileira. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou 47,3 mil mortes violentas intencionais em 2022, com taxa de 23,3 homicídios por 100 mil habitantes, colocando o país entre os 20 mais violentos do mundo. O impacto econômico também é expressivo: estima-se que facções poderiam faturar até R$ 335 bilhões apenas com o envio de cocaína para a Europa. Alessandro Vieira destacou que “o crime organizado hoje domina o território brasileiro em proporção cada vez mais crescente” e está inserido tanto em atividades econômicas relevantes quanto na própria estrutura pública brasileira.
Contexto Político e Expectativas
A instalação simultânea das três CPIs representa um momento decisivo para o Senado Federal e pode impactar significativamente o cenário político nacional. Davi Alcolumbre explicou que a CPI do Crime Organizado seria criada após o encerramento da CPI das Bets, ocorrido na semana passada, demonstrando uma estratégia de escalonamento das investigações. As comissões funcionarão durante o segundo semestre de 2025, período tradicionalmente mais movimentado no Congresso Nacional. A expectativa é que os trabalhos produzam relatórios conclusivos que possam subsidiar mudanças legislativas importantes. Alessandro Vieira manifestou confiança de que a CPI do Crime Organizado será “a mais relevante CPI que já tivemos nos últimos anos”, prometendo dar voz aos profissionais de segurança e propor soluções efetivas para combater as organizações criminosas. O calendário político também será impactado, uma vez que as investigações ocorrerão em período pré-eleitoral, podendo influenciar debates e posicionamentos dos partidos políticos.
Imagem de capa: cbnvale.com.br
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.
Matéria de número 5975