Governadores Se Exibem para Empresários Como Nova Safra 2026

Sob aplausos calorosos do empresariado nacional, um pelotão de governadores tratou de fazer sua apresentação formal como alternativa anti-Lula para as eleições de 2026. O espetáculo, que se desenrolou em diversos eventos pelo país, revelou a estratégia coordenada dessa turma que já se comporta como se fosse a salvação da pátria.


Resumo
  • Dirigentes estaduais como Tarcísio de Freitas, Caiado, Eduardo Leite e Ratinho Júnior se apresentam como nova safra política para 2026 em eventos empresariais pelo país
  • Empresariado nacional aplaude e financia esses pré-candidatos como alternativa para derrotar Lula nas próximas eleições
  • Estratégia coordenada inclui ataques sistemáticos ao governo federal e promessas de gestão técnica e eficiente
  • Dirigentes estaduais se posicionam como terceira via entre Lula e Bolsonaro, mas representam na prática uma direita mais sofisticada
  • Campanha para 2026 já começou com investimento pesado na construção dessas candidaturas empresariais

Teatro da Moderação e Aplausos Comprados

Quem assistiu aos recentes eventos empresariais pelo Brasil presenciou um verdadeiro desfile de vaidades governamentais. A fórmula é sempre a mesma: dirigentes estaduais se apresentando como gestores competentes, técnicos e apartidários, enquanto desferem ataques calculados ao governo federal. E a plateia de empresários? Aplaude de pé, como se estivesse diante dos novos messias do liberalismo tupiniquim.
Tarcísio de Freitas, o predileto dessa turma, não perdeu a oportunidade de fazer seu show. Em palcos empresariais, o governador de São Paulo tem se comportado como se já fosse candidato presidencial oficializado. Fala em “nova safra”, critica gastos públicos – convenientemente esquecendo que também gasta -, e acenou com promessas de um Brasil mais “moderno” e “eficiente”. A plateia delira. Os cheques já foram assinados.

Síndrome do Pré-Eleito e Candidatos de Aluguel

É impressionante como essa turma já se comporta como se 2026 fosse uma mera formalidade. Não são apenas candidatos; são pré-eleitos, pré-presidentes, pré-salvadores da nação. Uma espécie de arrogância antecipada que nos remete aos piores momentos da política brasileira.
Ronaldo Caiado, de Goiás, não fica atrás no quesito exibicionismo. Em eventos do agronegócio, posa como o homem da prosperidade, aquele que entende de economia real, diferente desses petistas que só sabem gastar dinheiro dos outros. Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, vende sua imagem de gestor jovem e eficiente. Ratinho Júnior, do Paraná, oferece seus serviços como alternativa ao radicalismo.
Todos unidos por uma única obsessão: derrotar Lula. E todos financiados pela mesma cartilha: agradar o empresariado que já decidiu qual será o cardápio político de 2026.

Discurso Anti-Lula Que Une e Vende

O que mais chama atenção nesses eventos é a coordenação dos ataques ao governo federal. Não se trata de críticas isoladas ou divergências pontuais. É uma campanha orquestrada, com narrativas alinhadas e alvos bem definidos.
Lula vira o vilão de todas as mazelas nacionais. A inflação? Culpa do Lula. O dólar alto? Lula. A polarização? Também é Lula. O empresário perdeu dinheiro na bolsa? Adivinhem de quem é a culpa. É um jogo de convencimento barato, mas eficiente para uma plateia que já está convencida.
E o que esses dirigentes estaduais oferecem em troca? Promessas genéricas de “governança responsável”, “marco regulatório estável” e “ambiente de negócios favorável”. Ou seja: tudo aquilo que o empresariado quer ouvir, sem muita preocupação se é factível ou não.

Elite Empresarial e Seu Projeto de Poder

Não sejamos ingênuos. Esses aplausos não são gratuitos. O empresariado nacional identificou seus cavalos de batalha para 2026 e está investindo pesado na construção dessas candidaturas. Não se trata apenas de preferências políticas; é um investimento calculado em futuros negócios, contratos e benfeitorias.
A estratégia é clara: construir alternativas palatáveis que possam derrotar Lula sem precisar se associar diretamente ao bolsonarismo. Afinal, Bolsonaro virou um ativo tóxico para boa parte do setor empresarial, mas Lula continua sendo visto como uma ameaça aos negócios.
Dessa forma, dirigentes estaduais como Tarcísio funcionam como uma espécie de “bolsonarismo light” – conservadores o suficiente para não assustar a direita, mas civilizados o bastante para não espantar os moderados. Uma fórmula que, pelo menos no papel, parece promissora.

Cinismo da Gestão Técnica e Show das Competências

Um dos aspectos mais nauseantes desse teatro todo é a pose de “gestores técnicos” que esses dirigentes estaduais assumem. Como se política fosse uma questão de competência administrativa e não de projeto de poder.
Tarcísio se vende como o ex-ministro eficiente que sabe tocar obras. Ratinho Junior exibe números de crescimento econômico. Caiado mostra as estradas que construiu. Leite fala da reconstrução do Rio Grande do Sul. Todos, obviamente, contrapondo suas supostas virtudes gerenciais aos “vícios ideológicos” do governo federal.
Mas essa narrativa esconde uma contradição fundamental: esses mesmos “gestores técnicos” estão completamente subordinados à política. Seus aplausos dependem de agradar determinados setores, suas candidaturas são viáveis porque atendem a interesses específicos, e suas promessas são calibradas para conquistar votos. Onde está a técnica pura nisso tudo?

Ilusão da Terceira Via e Realidade do Poder

Esses dirigentes estaduais se apresentam como uma “terceira via” entre Lula e Bolsonaro. Uma alternativa civilizada, moderna, democrática. Mas qualquer observador minimamente atento percebe que não se trata de uma terceira via coisa nenhuma.
Na prática, estamos diante de uma direita que aprendeu a se camuflar melhor. Uma direita que fala português civilizado, usa terno e gravata, frequenta bons restaurantes, mas que, no fundo, quer implementar a mesma agenda de sempre: menos Estado, mais mercado, menos direitos sociais, mais privilégios para quem já tem muito.
A diferença é que essa direita aprendeu que não precisa gritar nem ameaçar golpe para chegar ao poder. Basta sorrir para as câmeras, prometer eficiência e contar com o financiamento empresarial. Uma fórmula muito mais sofisticada, mas não necessariamente menos perigosa.

O Que Nos Espera: Campanha Já Começou

Não tenham dúvidas: a campanha de 2026 já começou. Esses eventos empresariais são apenas o aquecimento de uma operação muito maior que visa construir candidaturas viáveis para derrotar Lula.
O dinheiro já está sendo movimentado, as narrativas estão sendo testadas, os apoios estão sendo costurados. E os dirigentes estaduais? Estão fazendo suas audições para ver quem consegue o papel principal nessa peça.
Tarcísio segue como favorito, mas a disputa está apenas começando. Outros nomes podem surgir, alianças podem se formar, estratégias podem mudar. O que não muda é o objetivo central: construir uma alternativa que possa bater de frente com Lula sem precisar se associar ao bolsonarismo.
Resta saber se o eleitorado brasileiro vai comprar essa história ou se terá a inteligência de perceber que, por trás dos ternos bem cortados e dos discursos polidos, está a mesma velha política de sempre: a do dinheiro mandando e do povo pagando a conta.

Imagem de capa: veja.abril.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Cláudio Montenegro é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 5644

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