Ex-presidente recebe visitas de políticos, demonstra contrariedade com situação e enfrenta problemas de saúde recorrentes em cárcere doméstico
Resumo
- Bolsonaro cumpre primeira semana de prisão domiciliar determinada por Alexandre de Moraes por descumprimento de medidas cautelares
- Ex-presidente apresenta variações de humor, aparentando tristeza, cansaço e contrariedade com a situação
- Crises de soluço persistem, dificultando sono, fala e causando vômitos ocasionais
- Visitantes autorizados incluem familiares, advogados, médicos e políticos previamente aprovados pelo STF
- Manifestações de apoio ocorreram com buzinaços e carreatas no entorno da residência
- Principal reclamação é restrição ao uso de redes sociais e celulares
- Defesa apresentou recurso contra a medida, que será analisado pela Primeira Turma do STF
A primeira semana de prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) revelou um quadro complexo de fragilidade emocional e física do ex-presidente. Determinada pelo ministro Alexandre de Moraes do STF, a medida foi cumprida após Bolsonaro descumprir medidas cautelares anteriores relacionadas ao uso de redes sociais.
Pessoas próximas que estiveram com o ex-presidente relataram frustração dele com o que descrevem como “decisão desproporcional” de Moraes. Segundo apurações, Bolsonaro tem demonstrado variações de humor significativas, aparentando estar abatido, cansado e chateado, o que gerou preocupação entre amigos próximos.
As crises de soluço, que já existiam antes da prisão domiciliar e decorrem do atentado sofrido em 2018 em Juiz de Fora, continuam incomodando o ex-presidente. Essa condição médica atrapalha o sono, dificulta a fala e, em alguns momentos, chega a provocar vômitos. O quadro de saúde de Bolsonaro tem sido um dos principais argumentos utilizados pelos aliados para evitar que ele seja transferido para uma penitenciária.
Visitas controladas e restrições severas
O ministro Moraes inicialmente havia restringido as visitas apenas a advogados constituídos nos autos. Posteriormente, autorizou que familiares como filhos, cunhadas, netas e netos pudessem visitar o ex-presidente sem autorização prévia. Para evitar descumprimento das regras impostas, os visitantes autorizados têm deixado celulares no carro antes de entrar na residência.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) foi o primeiro político a visitá-lo, permanecendo cerca de meia hora. Ao sair, gravou vídeo declarando: “Vi que, apesar de triste, nosso capitão continua inabalável, acreditando no nosso Brasil e confiando em Deus”. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também esteve com Bolsonaro, relatando que o encontrou “bem e sereno” após quase duas horas de conversa.
Entre os autorizados a visitá-lo estão ainda deputados federais como Junio do Amaral (PL-MG), Marcelo Moraes (PL-RS), Luciano Zucco (PL-RS), além de Domingos Sávio (PL-MG), Joaquim Passarinho (PL-PA), Capitão Alden (PL-BA) e Júlia Zanatta (PL-SC). O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), também solicitou autorização para visitas.
Manifestações de apoio e contexto da prisão
A primeira semana foi marcada por buzinaços e carreatas de apoiadores nos arredores do condomínio Solar de Brasília, onde Bolsonaro reside. As manifestações ocorreram principalmente nas noites de segunda e terça-feira, logo após a decretação da medida.
A prisão domiciliar foi determinada após Bolsonaro participar virtualmente de atos promovidos por apoiadores, através de videochamadas com o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Moraes considerou que essa participação caracterizou “flagrante descumprimento” das medidas cautelares que proibiam acesso a redes sociais, mesmo por intermédio de terceiros.
Impactos na comunicação e rotina
Uma das principais reclamações de Bolsonaro tem sido a restrição ao uso de redes sociais e celulares. Segundo relatos, ele tem se queixado de ficar “sem acesso a informações confiáveis” e tem passado o tempo assistindo televisão. A proibição se estende ao manuseio de aparelhos celulares, seja diretamente ou através de terceiros.
A defesa do ex-presidente manifestou ter sido “pega de surpresa” com a decretação da prisão domiciliar e apresentou recurso contra a medida. O caso será analisado pela Primeira Turma do STF, composta por Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.
Contexto histórico
– Medidas cautelares anteriores: Em julho, Moraes já havia imposto uso de tornozeleira eletrônica e proibição de acesso a redes sociais
– Precedente histórico: Esta não é a primeira prisão de Bolsonaro – em 1986, ele ficou 15 dias preso em quartel militar por publicar artigo com críticas aos salários do Exército
– Processo judicial: O ex-presidente é réu em processo que investiga suposta trama golpista envolvendo tentativa de golpe de Estado
– Localização: A prisão domiciliar ocorre em residência de alto padrão no condomínio Solar de Brasília, a 20 minutos do Congresso Nacional
– Organizações internacionais: A Transparência Internacional classificou a medida como “tentativa de silenciamento” e questionou os “fundamentos jurídicos” da decisão
– Dia dos Pais: Moraes autorizou oito familiares adicionais para participarem das comemorações do Dia dos Pais, incluindo sogros, nora e sobrinhos
Imagem de capa: em.com.br
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.
Matéria de número 5294