Governo americano cobrará 15% da receita das gigantes de chips para liberar vendas à China, inaugurando era de negociações diretas entre Casa Branca e corporations
Resumo
- Nvidia e AMD acordaram pagar 15% das receitas de vendas de chips para China ao governo americano
- CEO da Nvidia se reuniu com Trump na Casa Branca para selar acordo que pode render US$ 2 bilhões
- Especialistas questionam legalidade constitucional do arranjo, comparando-o a imposto sobre exportação
- Acordo inaugura era de “capitalismo de compadrio” onde conexões políticas garantem vantagens econômicas
- Empresários investem milhões para garantir acesso ao governo Trump através de contribuições milionárias
- Guerra tecnológica entre EUA e China intensifica disputa por domínio em inteligência artificial
- Aplicação seletiva de políticas comerciais cria ambiente propício para lobby político intenso
- Trump busca reverter ao protecionismo pré-liberal para fortalecer indústria americana
- Governo já enfrenta questionamento judicial sobre legalidade de tarifas “recíprocas” globais
- Modelo pode se expandir para outros setores, forçando empresas a pagar governo para operar internacionalmente
A administração Trump acaba de fechar um acordo sem precedentes na história empresarial americana. Nvidia e AMD, dois dos maiores fabricantes de chips de inteligência artificial do planeta, concordaram em entregar 15% de suas receitas de vendas para a China diretamente ao governo dos Estados Unidos. O CEO da Nvidia, Jensen Huang, se reuniu pessoalmente com Donald Trump na Casa Branca na quarta-feira para selar o negócio que pode render até US$ 2 bilhões aos cofres americanos.
O arranjo representa uma ruptura histórica nas práticas comerciais americanas. A Nvidia pagará os 15% sobre as vendas de seu chip H20 AI Accelerator, enquanto a AMD repassará a mesma porcentagem das receitas do MI308. Ambos os chips haviam sido anteriormente proibidos pela própria administração Trump e exigiam licenças especiais de exportação. Na sexta-feira, o Departamento de Comércio começou a conceder as licenças necessárias, dois dias após a reunião de Huang com o presidente.
Este modelo de cobrança direta sobre receitas empresariais desperta alertas sobre legalidade constitucional. Especialistas em comércio internacional questionam se o acordo não se assemelha a um imposto sobre exportação, prática proibida pela Constituição americana. “O céu é o limite”, alertou Deborah Elms, chefe de política comercial da Hinrich Foundation em Cingapura. “Você pode imaginar todo tipo de combinação específica por empresa ou por país, dizendo: ‘Ninguém mais pode comercializar, mas se nos pagar diretamente, aí você pode'”.
Guerra tecnológica entre superpotências
A disputa por semicondutores representa o epicentro da rivalidade tecnológica entre as duas superpotências mundiais. A China busca dominar setores como inteligência artificial e automação, enquanto os Estados Unidos tentam manter a supremacia através de restrições comerciais. O governo Biden havia anteriormente limitado a venda de chips avançados para a China por razões de segurança nacional, levando a Nvidia a desenvolver o H20 especificamente para contornar essas barreiras.
Novo modelo de negócios governo-empresa
O termo “capitalismo de compadrio” define um sistema onde conexões políticas garantem vantagens econômicas indevidas. Grandes empresários têm investido somas consideráveis para garantir acesso ao novo governo Trump, com várias corporações contribuindo valores superiores a US$ 1 milhão para as celebrações da posse presidencial. Magnatas da tecnologia como Jeff Bezos e Mark Zuckerberg, que anteriormente enfrentaram críticas de Trump, agora buscam proximidade com a administração.
Riscos para concorrência global
A aplicação seletiva de políticas comerciais cria ambiente propício para lobby político intenso. Analistas temem que o modelo possa se expandir para outros setores, onde empresas precisarão pagar ao governo americano para manter operações internacionais. A fabricante John Deere já enfrentou ameaças de tarifas elevadas após anunciar planos de transferir produção para o México. Historicamente, durante a primeira administração Trump, lobistas com conexões republicanas conseguiram benefícios significativos através de políticas tarifárias.
Impactos no mercado de chips
A Nvidia, que se tornou em julho a primeira empresa a atingir avaliação de US$ 4 trilhões, lidera mundialmente a fabricação de chips essenciais para inteligência artificial. A AMD, embora menor, produz semicondutores vitais para centros de dados que treinam modelos de IA em larga escala. Ambas as empresas estavam impedidas de vender seus produtos mais avançados à China desde abril, quando Trump endureceu os controles de exportação.
Retorno ao protecionismo histórico
Os Estados Unidos têm longa tradição protecionista anterior ao liberalismo econômico moderno. Tarifas de importação foram norma antes da adoção de políticas de livre comércio. Trump busca reverter à era pré-liberalismo, fortalecendo a América através do protecionismo e dificultando vendas ao exterior. Uma tarifa de 100% sobre várias importações de semicondutores entrou em vigor na semana passada, com exceções para empresas que anunciem grandes investimentos nos Estados Unidos.
Influência crescente de Musk
Elon Musk emergiu como figura central nas relações entre Trump e o setor tecnológico. O bilionário investiu mais de US$ 250 milhões na campanha presidencial e ocupa posição influente como conselheiro. Musk liderará comitê destinado a revisar gastos federais, podendo sugerir cortes em agências reguladoras que investigam suas empresas. Desde a eleição, o valor das ações da Tesla quase dobrou, consolidando Musk novamente como o homem mais rico do mundo.
Batalhas jurídicas pela frente
O governo Trump já enfrenta processo judicial relacionado ao uso da Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional para impor tarifas “recíprocas” globais. Na sexta-feira, Trump alertou para uma “GRANDE DEPRESSÃO” caso os tribunais considerem suas tarifas ilegais. Especialistas advertem que a combinação do atual governo com uma economia cada vez mais concentrada pode aumentar riscos de favorecimento indevido no futuro próximo.
Perspectivas para outros setores
A administração Trump ainda não determinou como utilizará o dinheiro resultante destes acordos sem precedentes, que na prática tornam o governo americano parceiro das empresas tecnológicas em suas operações no gigante asiático. O modelo pode se expandir, criando sistema onde outras corporações precisarão pagar ao governo para manter acesso a mercados internacionais. Analistas preveem intensificação das atividades de lobby na Casa Branca nos próximos anos.
Imagem de capa: ept.ca
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 5190