Presidente brasileiro rejeita “humilhação” e espera iniciativa americana para diálogo enquanto busca resposta conjunta do Brics
Resumo
- Lula recusa ligar para Trump sobre tarifaço, alegando que não vai se “humilhar” e que o presidente americano não demonstra interesse em diálogo
- Tarifas de 50% sobre produtos brasileiros entraram em vigor, afetando 35,9% das exportações ao país, com exceções para suco de laranja, aviões e petróleo
- Brasil acionou OMC contra as tarifas americanas, embora as chances de sucesso sejam baixas devido ao esvaziamento da organização
- Presidente brasileiro busca resposta coordenada com países do Brics, especialmente Índia e China, também alvo de tarifas americanas
- Governo brasileiro opta por não retaliar com tarifas recíprocas, estudando medidas alternativas como suspensão de royalties
- Relações Brasil-EUA atravessam o pior momento em 200 anos, segundo Lula, com ausência de canais diplomáticos efetivos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou categoricamente que não irá ligar para Donald Trump para negociar o tarifaço americano, afirmando que só tomará essa iniciativa quando sua “intuição” indicar que o presidente dos EUA está disposto ao diálogo. Lula declarou que “não vai se humilhar” diante do governo americano e que o próximo movimento deve partir dos Estados Unidos.
Postura firme de Lula diante das tarifas americanas
Em declarações contundentes, o presidente brasileiro deixou claro sua posição sobre as negociações com Washington. “Pode ter certeza de uma coisa: o dia que a minha intuição me disser que o Trump está disposto a conversar, eu não terei dúvida de ligar para ele. Mas hoje a minha intuição diz que ele não quer conversar. E eu não vou me humilhar”, afirmou Lula. O presidente classificou a imposição unilateral das tarifas como uma atitude “completamente autoritária” e inadequada para as relações diplomáticas entre os dois países.
Estratégia diplomática do Brasil
Paralelamente à recusa em contatar Trump diretamente, o governo brasileiro adotou uma estratégia dupla: acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) e buscar uma resposta coordenada com os países do Brics. Lula confirmou que pretende conversar com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e com o presidente da China, Xi Jinping, para discutir uma possível reação conjunta às tarifas americanas. O presidente brasileiro já conversou com Modi sobre o tema, considerando que a Índia também foi alvo de tarifas adicionais de 25% impostas por Trump.
Impacto e reação às tarifas de 50%
As tarifas de 50% sobre produtos brasileiros entraram em vigor, representando a maior taxa imposta pelos EUA entre todos os países afetados. Cerca de 35,9% das exportações brasileiras aos Estados Unidos serão impactadas, segundo estimativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Produtos como carne e café estão entre os afetados, enquanto itens estratégicos como suco de laranja, aeronaves da Embraer, petróleo e veículos foram excluídos da sobretaxa. O governo brasileiro conseguiu, através de negociações, a exclusão de aproximadamente 700 itens da lista de produtos taxados.
Contexto histórico das relações Brasil-EUA
- As relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos completam 201 anos, sendo consideradas por Lula como as mais deterioradas em dois séculos
- O tarifaço foi justificado por Trump como retaliação ao processo do STF contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe
- A medida resultou de uma campanha liderada pelo deputado Eduardo Bolsonaro nos EUA
- Lula declarou voto em Kamala Harris durante a campanha presidencial americana de 2024, o que contribuiu para o distanciamento
- O presidente brasileiro não participou da posse de Trump em janeiro, enviando apenas uma carta de cumprimentos
Acionamento da OMC e limitações
- O Brasil formalizou pedido de consultas aos EUA na OMC, etapa anterior à eventual abertura de painel de julgamento
- A probabilidade de sucesso é baixa devido ao esvaziamento da OMC e bloqueio americano à nomeação de novos juízes desde 2019
- O gesto é considerado simbólico para marcar posição em defesa do sistema multilateral de comércio
- Trump demonstra preferência pelo unilateralismo em vez de negociações através da OMC
Estratégia de não-retaliação
Contrariando expectativas, Lula anunciou que o Brasil não imporá tarifas recíprocas sobre produtos americanos. “Não vou fazer, porque eu não quero ter o mesmo comportamento dele. Quero mostrar que, quando um não quer, dois não brigam. Eu não quero brigar com os EUA”, declarou o presidente. O governo estuda medidas alternativas de retaliação, como a suspensão de royalties para empresas americanas em produtos farmacêuticos e direitos autorais da indústria cultural.
Articulação internacional e perspectivas
- O Brics possui dez países membros no G20, representando significativa força econômica global
- Lula mantém convite para Trump participar da COP30 em Belém, prevista para novembro de 2025
- O governo brasileiro espera que o próximo movimento para retomada do diálogo parta da Casa Branca
- Há contatos reservados entre representantes dos dois governos, com resposta brasileira prevista para 18 de agosto
- A ausência de embaixador americano em Brasília complica as negociações diplomáticas
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 4604