O ex-presidente agora tem um novo endereço para suas performances: a própria casa. Enquanto isso, a direita brasileira descobriu uma nova profissão – chorar em rede social defendendo o coitadinho que “só queria salvar o país”.
Resumo
- Bolsonaro pode receber visitas durante a prisão domiciliar e usar isso como nova forma de articulação política
- As limitações técnicas não impedem que sua influência continue através de filhos e militância digital
- A direita brasileira transformou a consequência legal em narrativa de perseguição política
- A proibição das redes sociais é ineficaz quando a base já reproduz automaticamente seu discurso
- A prisão domiciliar se tornou novo palco para a performance de vitimização contínua
- A militância continua defendendo ações antidemocráticas através de ginástica mental ideológica
A Casa Como Novo Palanque Político
Se alguém imaginava que Bolsonaro ficaria quietinho em casa assistindo novela das oito, desconhece completamente a natureza do homem. A prisão domiciliar pode limitar geograficamente onde ele coloca os pés, mas não consegue calar aquela boca que transformou o Brasil numa piada internacional por quatro anos consecutivos. Durante o cumprimento da prisão domiciliar, ele pode receber visitas – e pode apostar que a fila de puxa-sacos dispostos a fazer peregrinação até a casa dele vai ser maior que a do Círio de Nazaré.
O mais hilário dessa história toda é ver a turma que defendia “bandido bom é bandido morto” agora fazendo malabarismos retóricos para explicar por que o chefe deles é diferente. De repente, todo mundo virou especialista em direito penal e constitucional. A mesma gente que aplaudia quando a polícia espancava manifestantes agora fala em “perseguição política” e “Estado de exceção” – reviravoltas que fariam inveja aos ginastas olímpicos.
As Limitações que Não Limitam Nada
Tecnicamente, Bolsonaro não pode sair de casa sem autorização judicial, não pode usar redes sociais diretamente e tem que usar tornozeleira eletrônica. Na prática, qualquer um que acredite que isso vai silenciar o homem claramente nunca prestou atenção nos últimos anos. Ele tem filhos espalhados pelo congresso nacional, uma militância digital que funciona como assessoria de imprensa gratuita e uma base fanática que transforma qualquer palavra dele em verdade absoluta.
A proibição das redes sociais é particularmente cômica. Como se os bolsonaristas precisassem do próprio Bolsonaro postando para espalhar as teorias conspiratórias de sempre. Eles já internalizaram tanto o discurso que conseguem reproduzir cada vírgula sem manual de instruções. É como proibir o papa de celebrar missa – os fiéis vão continuar rezando mesmo assim.
O Show da Vitimização Continuada
Se existe algo que a direita brasileira aprendeu perfeitamente nos últimos anos foi como transformar qualquer consequência dos próprios atos em perseguição. Bolsonaro sempre foi mestre nessa arte, e a prisão domiciliar é apenas o palco mais recente para a performance de vítima do sistema. A narrativa já está pronta: o homem que “lutou pela pátria” sendo “perseguido” pelos “comunistas” que “tomaram” o poder.
É impressionante como conseguem inverter qualquer situação. O sujeito tenta dar golpe de estado, articula com militares para permanecer no poder ilegalmente e depois é pintado como mártir da democracia. Seria engraçado se não fosse trágico. Mas pelo menos agora temos a garantia de que ele não vai aparecer em motociata saudando os minions pelas ruas – pequenas vitórias em tempos sombrios.
A Torcida Organizada do Autoritarismo
O que mais impressiona nessa história toda é a capacidade da base bolsonarista de defender o indefensável com unhas e dentes. São os mesmos que gritavam contra a “mamata” e a “corrupção” agora fazendo vigília virtual para defender quem tentou quebrar a democracia brasileira. A coerência nunca foi o forte dessa turma, mas o nível de ginástica mental necessário para manter essas posições já deveria render medalha olímpica.
Enquanto isso, Bolsonaro em casa provavelmente está planejando como transformar cada dia de prisão domiciliar em conteúdo para a militância. Porque se tem uma coisa que ele sabe fazer bem é transformar qualquer situação em combustível para o ódio e a polarização. A casa pode ter se tornado uma prisão, mas continua sendo o QG da destruição democrática brasileira.
A grande questão é saber até quando a sociedade brasileira vai continuar sendo refém desse teatro de horrores. Porque enquanto o personagem principal estiver em cena, mesmo que seja do quarto de casa, o espetáculo patético vai continuar. E a plateia fiel vai continuar aplaudindo cada ato dessa tragédia nacional que insiste em se repetir como farsa.
Imagem de capa: especiais.gazetadopovo.com.br
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Tatiana Jankowski é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 4580