Motta nega acordo com oposição após motim na Câmara

Presidente da Casa desmobiliza ocupação bolsonarista após 30 horas de obstrução e garante que não negociou pautas em troca da desocupação do plenário


Resumo
  • Hugo Motta negou ter negociado projetos com a oposição para encerrar ocupação do plenário da Câmara
  • Deputados bolsonaristas ocuparam a Mesa Diretora por 30 horas em protesto contra prisão domiciliar de Bolsonaro
  • Presidente da Câmara prometeu providências contra parlamentares que participaram do motim até o fim do dia
  • Ex-presidente Arthur Lira foi acionado para ajudar nas negociações, expondo fragilidade política de Motta
  • Oposição exige votação de anistia para réus do 8 de Janeiro e fim do foro privilegiado
  • Planalto mudou avaliação de Motta de “traidor” para “fraco” após o episódio
  • Casa retomou funcionamento normal com prioridade para aprovação da MP do INSS

Negação categórica de negociação

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou categoricamente ter negociado a votação de projetos com parlamentares da oposição em troca da desocupação do plenário da Casa. “A presidência da Câmara é inegociável. Quero que isso fique bem claro. As matérias que estão saindo sobre a negociação feita por esta presidência para que os trabalhos fossem retomados não está vinculada a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia as suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém”, declarou Motta.

Motim paralisa Câmara por dois dias

Deputados aliados de Jair Bolsonaro ocuparam o plenário principal da Câmara entre terça-feira (5) e quarta-feira (6), em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A obstrução impediu a realização de sessões legislativas por aproximadamente 30 horas, travando o funcionamento da Casa como parte de um movimento da oposição para pressionar pela discussão de pautas prioritárias do bloco, que contemplam anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e o fim do foro privilegiado. A situação só foi desmobilizada no início da noite de quarta-feira, em meio a um empurra-empurra e tentativa hesitante de Motta de demonstrar força.

Providências prometidas contra rebeldes

Hugo Motta afirmou que providências serão tomadas até o fim do dia contra os parlamentares que promoveram a rebelião e ocuparam a Mesa Diretora da Casa. Durante a ocupação, o presidente sinalizou que poderia lançar um ato levando à suspensão de mandato dos deputados invasores por seis meses, medida prevista no Regimento Interno da Câmara por quebra de decoro. “Providências serão tomadas até o final do dia de hoje”, garantiu Motta ao chegar ao Congresso. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Reimont (PT-RJ), chegou a apresentar denúncia ao Conselho Tutelar sobre a presença da filha bebê da deputada Júlia Zanatta (PL-SC) no plenário.

Contexto político e histórico

  • Prisão domiciliar de Bolsonaro: A decisão do ministro Alexandre de Moraes foi o estopim para o protesto parlamentar, refletindo a tensão política em torno dos processos relacionados ao 8 de Janeiro
  • Papel de Arthur Lira: O ex-presidente da Câmara foi acionado novamente para ajudar nas negociações, demonstrando a fragilidade política de Motta, que precisou de apoio externo para resolver a crise
  • Avaliação do Planalto: O governo Lula passou a ver Motta como “fraco” após o episódio, diferentemente da percepção anterior de “traidor” relacionada ao acordo quebrado sobre o IOF
  • Histórico de obstruções: Embora manifestações parlamentares sejam comuns, a ocupação por 30 horas foi considerada excepcional e sem precedentes recentes na Câmara
  • Projetos em disputa: A oposição busca aprovar o PL da Anistia para réus do 8 de Janeiro, a PEC das Prerrogativas que restringe o foro privilegiado e o impeachment de Alexandre de Moraes
  • Idade e experiência: Aos 35 anos, Motta é o presidente mais jovem da história da Câmara, fator apontado por críticos como possível explicação para a dificuldade em controlar a crise
  • Retomada dos trabalhos: A Casa voltou ao funcionamento normal nesta quinta-feira, com sessão semipresencial iniciada às 12h, priorizando a MP do INSS que precisa ser aprovada até 11 de agosto

Imagem de capa: meon.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 4576

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