Trump Ameaça Diesel Russo: Brasil Perde 61% das Importações

Com mais da metade do diesel importado pelo Brasil vindo da Rússia, o país enfrenta nova ameaça de Trump que promete tarifas de até 100% contra compradores de combustível russo


Resumo
  • Brasil importa 61% do diesel estrangeiro da Rússia, totalizando US$ 2,5 bilhões no primeiro semestre de 2025
  • Importações cresceram 300 vezes desde 2021, saltando de US$ 16,9 milhões para US$ 5,3 bilhões em 2024
  • Trump ameaça tarifas de até 100% contra países que compram combustível russo, já aplicando 25% adicionais à Índia
  • Especialistas alertam para impacto inflacionário direto nos postos de combustível brasileiros
  • Diesel russo se tornou atrativo após sanções europeias, oferecendo preços até R$ 0,10 mais baratos
  • Brasil é terceiro maior importador mundial de hidrocarbonetos russos, atrás de China e Turquia
  • Encontrar fornecedores alternativos será desafio complexo devido ao alto volume demandado
  • 20% do consumo nacional de diesel depende de importação, crucial para matriz de transporte rodoviário

O governo de Donald Trump acaba de transformar as importações brasileiras de diesel russo em uma bomba-relógio econômica. Com dados revelando que 61% do diesel importado pelo Brasil vem da Rússia, o país se tornou alvo direto das novas sanções americanas que já atingiram a Índia com tarifas adicionais de 25%.

As cifras são alarmantes: de US$ 16,9 milhões em 2021, as importações de diesel russo saltaram para US$ 5,3 bilhões em 2024 – um crescimento de mais de 300 vezes em apenas três anos. No primeiro semestre de 2025, o Brasil já gastou US$ 2,5 bilhões com o combustível russo, consolidando-se como o terceiro maior importador de hidrocarbonetos russos no mundo, atrás apenas de China e Turquia.

Sanções Americanas Miram Brasil

A Casa Branca deixou claro que não poupará nenhum país que financie indiretamente a máquina de guerra russa através da compra de petróleo e derivados. O decreto assinado por Trump contra a Índia estabelece um precedente perigoso ao determinar que “qualquer outro país que esteja direta ou indiretamente importando petróleo da Federação Russa” poderá sofrer tarifas adicionais de 25%. O Brasil, que já enfrenta sobretaxas de 50% por outros motivos, pode ver essa taxa explodir ainda mais.

Matt Whitaker, embaixador americano na Otan, foi direto ao ponto: China, Índia e Brasil são alvos óbvios por “pagarem pela guerra na Ucrânia” ao comprar petróleo russo. O ultimato de Trump é claro – 50 dias para Putin negociar a paz, prazo que já se aproxima do fim entre quinta-feira (7) e sábado (9) de agosto.

Dependência Energética Explosiva

A explosão nas importações de diesel russo não foi acidental. Após as sanções europeias impostas devido à guerra na Ucrânia, a Rússia teve que realocar sua oferta de diesel e encontrou no Brasil um comprador disposto. O preço vantajoso – até R$ 0,10 mais barato que os preços internacionais – seduziu importadores brasileiros que anteriormente dependiam dos Estados Unidos como principal fornecedor.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), no primeiro semestre de 2025, as empresas brasileiras importaram 7,9 milhões de m³ de diesel russo, representando 61% do volume total importado. Os Estados Unidos, que antes dominavam o mercado, agora respondem por apenas 19,5% a 24% das importações brasileiras de diesel.

Inflação Ameaça Postos Brasileiros

Os especialistas são unânimes: sanções contra o diesel russo provocariam aumento imediato dos preços nos postos brasileiros. Gabrielle Moreira, da consultoria Argus, alerta que “isso deve ser refletido até às bombas”. Sergio Araújo, da Abicom, vai além: “Para o volume que o Brasil importa hoje, não será muito fácil encontrar fornecedores alternativos”.

O diesel é crucial para a economia brasileira, já que mais de 60% da produção nacional é transportada por rodovias. Aproximadamente 20% do consumo interno de diesel provém de importação, tornando qualquer interrupção no fornecimento russo um pesadelo logístico nacional.

Contexto Geopolítico e Histórico

  • Guerra na Ucrânia: Iniciada em fevereiro de 2022, provocou realinhamento global no comércio de energia
  • Sanções europeias: União Europeia fechou mercado para diesel russo, forçando Moscou a buscar novos compradores
  • Brics: Brasil integra bloco ao lado de Rússia, China e Índia, todos na mira de Trump
  • Dependência rodoviária: Matriz de transporte brasileiro concentrada em caminhões amplifica importância do diesel
  • Refinarias nacionais: Projetadas para processar óleo diferente do predominante no país, limitando autossuficiência
  • Arábia Saudita: Terceiro maior fornecedor de diesel ao Brasil com apenas 6% do mercado
  • Emirados Árabes Unidos: Alternativa potencial com 3% das importações atuais
  • Otan: Organização militar ocidental pressiona Brasil a romper comércio com Rússia

Alternativas Limitadas

Encontrar substitutos para o diesel russo é um quebra-cabeças complexo. Os Estados Unidos, fornecedor histórico, direcionaram sua produção para atender o mercado europeu em substituição à Rússia. Países do Golfo Pérsico como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Catar surgem como opções, mas em volumes insuficientes para cobrir a demanda brasileira.

A Abicom alerta que sanções secundárias aplicadas conjuntamente pelos Estados Unidos e União Europeia teriam “impactos significativos para o mercado brasileiro”. O volume russo “não será facilmente substituído”, criando um cenário de possível desabastecimento.

Imagem de capa: sicnoticias.pt

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 4536

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