Presidente americano eleva pressão sobre países importadores de energia russa com medidas punitivas que podem afetar bilhões em comércio bilateral
Resumo
- Trump impôs tarifa adicional de 25% à Índia, elevando total para 50% sobre produtos indianos por compras de petróleo russo
- Medida afeta US$ 87 bilhões em exportações indianas, principalmente têxteis, calçados e joias
- Presidente ameaça tarifas secundárias de 100% contra qualquer país que importe energia russa se Putin não aceitar paz em 50 dias
- Brasil já havia recebido ameaça similar de 50% em julho por questões relacionadas ao caso Bolsonaro
- China e Índia respondem por 85-90% das importações marítimas de petróleo russo após redirecionamento pós-sanções de 2022
- Especialistas consideram medidas um “instrumento grosseiro” que pode desestabilizar mercados globais e elevar preços do petróleo
- Nova tarifa indiana entra em vigor em 27 de agosto, com exceções para semicondutores e produtos de segurança nacional
O presidente Donald Trump impôs nesta quarta-feira uma tarifa adicional de 25% sobre produtos indianos, elevando a alíquota total para 50% em resposta às compras continuadas de petróleo russo por Nova Delhi. A medida representa a mais severa deterioração nas relações EUA-Índia desde o retorno de Trump ao poder em janeiro, atingindo setores-chave como têxtil, calçados, joias e pedras preciosas que representaram US$ 87 bilhões em exportações indianas em 2024.
Trump assinou ordem executiva estabelecendo que a nova tarifa entrará em vigor 21 dias após 7 de agosto, somando-se à penalidade de 25% já anunciada anteriormente. A decisão marca uma mudança dramática nas relações bilaterais, contrastando com o encontro cordial entre Trump e o primeiro-ministro Narendra Modi em fevereiro, quando o presidente americano posteriormente criticou duramente a economia indiana como “morta” e suas barreiras comerciais como “odiosas”. O documento oficial cita “emergência nacional” decorrente das ações russas contra a Ucrânia como justificativa para as medidas punitivas.
A ameaça se estende além da Índia, com Trump advertindo sobre tarifas secundárias de até 100% contra qualquer país que compre produtos russos, principalmente energia, caso Vladimir Putin não aceite um acordo de paz em 50 dias. O Brasil figura entre os países potencialmente afetados, já havendo recebido ameaça de tarifa de 50% em julho por questões relacionadas ao julgamento de Jair Bolsonaro, demonstrando o padrão agressivo da política comercial trumpiana. China e Índia, responsáveis por 85% a 90% das importações de petróleo russo transportado por via marítima, representam os principais alvos desta estratégia de pressão econômica.
Contexto das Medidas Tarifárias
- Escalada tarifária: A Índia agora enfrenta tarifas combinadas de 50%, entre as mais altas impostas pelos EUA a qualquer parceiro comercial
- Cronograma de implementação: Nova tarifa de 25% entra em vigor em 27 de agosto, somando-se à penalidade anterior de 25% que começou em 7 de agosto
- Produtos afetados: Têxteis, calçados, joias, pedras preciosas e outros bens de consumo indianos, com algumas exceções para semicondutores e produtos de segurança nacional
- Volume comercial: US$ 87 bilhões em exportações indianas para os EUA em 2024, representando o maior mercado de exportação da Índia
Impacto no Comércio Global de Petróleo
- Principais importadores: China e Índia tornaram-se os maiores compradores de petróleo russo após sanções ocidentais de 2022
- Volume de importações: Ambos os países importam coletivamente 85% a 90% do petróleo bruto russo transportado por mar
- Redirecionamento do fluxo: Exportadores russos adaptaram-se rapidamente após invasão da Ucrânia, redirecionando suprimentos do Ocidente para o Oriente
- Outros países afetados: Turquia, Hungria, Eslováquia e até Arábia Saudita também compram combustível russo
Estratégia de Sanções Secundárias
- Definição técnica: Tarifas secundárias visam países terceiros que comerciam com nações sancionadas, não o país sancionado diretamente
- Precedente venezuelano: Trump já havia ameaçado tarifas similares contra compradores de petróleo venezuelano em março, mas não implementou
- Proposta bipartidária: Senado americano debate projeto de lei permitindo tarifas de 500% contra compradores de energia russa
- Flexibilidade presidencial: Diferentemente de leis congressuais, ordens executivas podem ser revertidas pelo próprio presidente a qualquer momento
Posicionamento Brasileiro na Questão
- Ameaça prévia: Brasil já recebeu ameaça de tarifa de 50% em julho por questões relacionadas ao caso Bolsonaro
- Comércio bilateral: EUA registraram superávit comercial de US$ 68 bilhões com Brasil em 2024
- Principais exportações americanas: Aeronaves, combustíveis, maquinário industrial e equipamentos elétricos para o Brasil
- Lei de Reciprocidade: Presidente Lula advertiu sobre retaliações baseadas na legislação brasileira de reciprocidade econômica
Reações Internacionais e Consequências
- Resposta indiana: Nova Delhi condenou as medidas como “injustificadas” e apontou duplo padrão, já que nações ocidentais continuam comerciando com Rússia
- Análise de especialistas: Economistas consideram tarifas de 100% um “instrumento grosseiro” que pode desestabilizar mercados globais
- Impacto nos preços: Remoção abrupta de 4,5 milhões de barris diários do mercado poderia elevar significativamente preços do petróleo
- Precedente histórico: Primeira vez em meses que país estrangeiro confronta diretamente ameaças tarifárias de Trump
Cronologia das Medidas Comerciais de 2025
- Abril: Trump propõe tarifas iniciais de 10% sobre diversos países, posteriormente suspensas devido a reações negativas dos mercados
- Julho: Retomada das ameaças tarifárias com cartas enviadas a 22 países, incluindo Brasil com alíquota de 50%
- Agosto: Implementação efetiva de tarifas contra Índia com possibilidade de extensão a outros importadores de petróleo russo
- Setembro: Prazo final de 50 dias para acordo de paz Rússia-Ucrânia, após o qual tarifas de 100% podem ser implementadas
Imagem de capa: www.usatoday.com
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 4406