Deputado trai Zambelli e mina cidadania de Bolsonaro

Um capítulo de traição no seio da seita bolsonarista acaba de ser revelado, expondo como um deputado da própria base entregou o paradeiro de Caroline Zambelli às autoridades italianas num movimento para sabotar a cidadania italiana de Jair Bolsonaro


Resumo
  • Um deputado da base bolsonarista entregou o paradeiro de Caroline Zambelli às autoridades italianas, comprometendo a estratégia de defesa de Bolsonaro
  • A traição ocorre no contexto do processo de cidadania italiana de Bolsonaro, que poderia servir como escape jurídico em caso de condenação no Brasil
  • O episódio revela profundas fissuras internas no movimento bolsonarista, contradizendo a narrativa de lealdade inquebrantável ao ex-presidente
  • A delação expõe a hipocrisia de um movimento “patriótico” cujo líder busca cidadania estrangeira como via de escape
  • O caso demonstra a decomposição moral e política do bolsonarismo, onde até mesmo aliados se traem mutuamente
  • A ação compromete tanto a defesa jurídica de Bolsonaro quanto a imagem de unidade do movimento de extrema direita

O delator da extrema direita

No mesmo ambiente político onde se prega lealdade cega ao “Mito” e onde a fidelidade supostamente vale mais que qualquer convicção democrática, surge um deputado disposto a entregar os companheiros de seita às autoridades estrangeiras. A informação, que emerge em meio ao caos jurídico que se abate sobre Jair Bolsonaro, revela que um parlamentar da própria base bolsonarista forneceu às autoridades italianas o paradeiro exato de Caroline Zambelli.

Há uma ironia deliciosa no fato de que o grupo que sempre se vangloriou de suas supostas virtudes patrióticas e de sua inquebrantável solidariedade interna agora se vê assolado por denúncias e delações entre os próprios correligionários. O deputado delator, cuja identidade ainda não foi divulgada, teria agido com o claro objetivo de comprometer a defesa jurídica do ex-presidente em seu processo de cidadania italiana, uma carta na manga que Bolsonaro poderia usar em caso de condenação no Brasil.

A anatomia da traição bolsonarista

Jair Bolsonaro nunca escondeu o que pretende. Mas agora descobrimos que nem mesmo entre os seus há a lealdade que pregam. O caso Zambelli é emblemático dessa decomposição moral e política que assola o bolsonarismo. A ex-deputada, conhecida por suas performances teatrais e ataques sistemáticos às instituições democráticas, vê-se agora perseguida não apenas pela Justiça brasileira, mas também pelas autoridades italianas, graças à delação de um suposto aliado.

Essa traição calculada se insere no contexto mais amplo da tentativa de golpe de Estado arquitetada por Bolsonaro e seu círculo íntimo. Como resta evidente nos processos em andamento, o grupo dos oito, a que pertence Jair Bolsonaro, que arquitetou a tentativa de golpe de Estado, deve ser julgado no fim do terceiro trimestre ou início do quarto. A chance de o ex-presidente passar o Natal na cadeia é real, e é justamente nesse cenário que a cidadania italiana se torna uma válvula de escape estratégica.

O estado paralelo e suas fissuras internas

No evento realizado na Avenida Paulista, Bolsonaro não escondeu a intenção de montar um estado paralelo para atropelar as instituições. Mas o que ele talvez não esperasse é que esse mesmo projeto autoritário geraria disputas internas ferozes entre seus adeptos. A entrega de Zambelli às autoridades italianas representa mais que uma simples delação, é o reflexo das profundas fissuras que ameaçam implodir o movimento bolsonarista por dentro.

Como observou o ministro Alexandre de Moraes, que marcou o início dos depoimentos dos planejadores da intentona golpista, o devido processo legal pode ser exasperante às vezes, mas é o preço que pagamos por viver numa democracia. É justamente essa democracia que Bolsonaro tentou destruir e que agora se volta contra ele através de múltiplas frentes, incluindo a italiana, graças ao dedo-duro de sua própria tropa.

A farsa do patriotismo bolsonarista

Há uma contradição grotesca no fato de que um movimento que se apresenta como defensor dos valores nacionais tenha entre seus líderes alguém que busca uma segunda cidadania como via de escape. A cidadania italiana de Bolsonaro, obtida através de seus antepassados, revela a hipocrisia fundamental de quem sempre criticou os “brasileiros de conveniência”, aqueles que supostamente só se lembram do país quando lhes convém.

O episódio também expõe como a extrema direita brasileira perdeu qualquer noção de limite ético ou moral. Numa Casa Legislativa onde deputados como Gilvan da Federal chegam ao cúmulo de chamar ministras de “prostituta” e desejar publicamente a morte do presidente da República, não deveria surpreender que a traição entre “companheiros” tenha se tornado moeda corrente. O mesmo ambiente que produz esse tipo de baixaria institucional é o que gera delatores dispostos a entregar os próprios aliados.

As consequências da decomposição interna

A entrega do paradeiro de Zambelli às autoridades italianas representa um marco na desintegração do projeto bolsonarista. Se antes o movimento se sustentava numa narrativa de lealdade inquebrantável ao “Mito”, agora fica claro que até mesmo entre os fiéis há quem esteja disposto a sacrificar os companheiros em troca de vantagens pessoais ou políticas.

Esse fratricídio político se torna ainda mais significativo quando consideramos que Bolsonaro continua enfrentando múltiplas investigações. Como já demonstrado nos depoimentos colhidos pelo ministro Alexandre de Moraes, aqueles que Bolsonaro listou para falar em sua defesa não tinham o que dizer, e as provas materiais colhidas pela investigação nem sequer passaram por eles. Agora, com a delação interna sobre Zambelli, o cerco se estreita ainda mais.

O fim da era dos intocáveis

O caso revela também como a impunidade que um dia protegeu o círculo bolsonarista está chegando ao fim. Se antes figuras como Zambelli podiam atacar instituições e provocar autoridades sem consequências significativas, agora se veem perseguidas tanto no Brasil quanto no exterior, com a colaboração de seus próprios aliados políticos.

A ironia histórica é inescapável: um movimento que sempre criticou a “traição da elite” e prometeu fidelidade ao povo brasileiro agora se vê consumido por suas próprias traições internas. O deputado que entregou Zambelli às autoridades italianas não fez mais que seguir a cartilha de um grupo que sempre colocou interesses pessoais acima de qualquer princípio ético ou político.

Na cadeia, Bolsonaro terá a chance, quem sabe?, de se tornar um homem no sentido paulino da expressão. Quanto aos seus aliados traidores, restará apenas a constatação de que nunca é tarde para descobrir que, na política como na vida, quem vive de traições termina sendo traído. O círculo se fecha, e a conta chega para todos, inclusive para aqueles que achavam que podiam escapar entregando os companheiros às autoridades estrangeiras.

Imagem de capa: arte.estadao.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Cláudio Montenegro é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 4007

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